Usina de Letras
Usina de Letras
279 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50579)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Reforma ou revolução -- 24/08/2003 - 10:38 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reforma ou revolução

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





Para fazermos uma dissertação sobre a natureza do governo Lula e interpretarmos, ideologicamente, o Partido dos Trabalhadores, torna-se importante nos repontarmos a alguns acontecimentos históricos que foram fundamentais e influenciaram uma nova estratégia de esquerda.

Hoje, nos perguntamos: qual caminho o PT deve seguir doravante? Qual a estratégia de um partido de esquerda nesse mundo globalizado pela economia? Quais ações garantem a governabilidade do PT no governo do Brasil?



O ano de 1989 foi historicamente fundamental.

Um ano trágico para o pensamento de esquerda. O socialismo real desmoronou diante de nossos olhos estupefatos. A queda do muro de Berlin e os regimes ditos socialistas do leste europeu ruíram como castelos de areia. Essa ruína escancarou para o mundo um modelo falido de Estado e um modelo carcomido de gestão pública.



Em conseqüência disso alguns teóricos conservadores, mais afoitos, fizeram a apologia do capitalismo. Esse sim, real, excludente e concentrador de riquezas. Outros em um arroubo fatalista proclamaram o fim da história. Como se o capitalismo fosse a supremacia do bem-estar social (sic).

Mas diante dessa tragédia a esquerda perdeu algumas referencias históricas e vem, ao longo desses anos, titubeando no campo teórico. Há uma crise de existencialismo que tomou conta da ideologia da esquerda revolucionária ortodoxa.



Em 2002 temos no Brasil a assunção ao poder de um partido de esquerda. O maior partido de esquerda da América e referência mundial. O Partido dos Trabalhadores coloca na Presidência do país um torneiro-mecânico oriundo do sindicato dos metalúrgicos.

O Partido dos Trabalhadores, abrigou e ainda abriga dentre suas correntes as mais variadas ideologias de esquerda. Há um vasto leque a ser analisado, hoje evidenciado pelos moderados reformistas que são hegemônicos na condução do governo.

Há também um campo de esquerda heterodoxa e uma esquerda revolucionária representada pelos parlamentares rebeldes.



Podemos considerar que no âmago dessa pluralidade de idéias há os reformista – que discute internamente a amplitude dessas reformas - e os revolucionários.

Uma ruptura para um novo modelo econômico poderia ser um desastre e exemplos de rupturas desastrosas há inúmeras pelo mundo afora. Nesse sentido o governo interpretou bem a conjuntura histórica. Assim explicamos algumas medidas conservadoras no início do governo para manter a estabilidade monetária, que foi correta e necessária.



Nesse ponto gostaria de dizer que Lula faz um governo de centro-esquerda e não traiu e não mudou seu pensamento que está embasado em uma preocupação de inclusão social. Lula não prometeu fazer uma revolução socialista no Brasil. E sim, prometeu fazer as reformas que beneficiassem o conjunto dos trabalhadores, prometeu transparência, negociação com o FMI e inserção do Brasil na comunidade internacional. Dentre outros, assumiu o compromisso com o desenvolvimento econômico com geração de trabalho e renda.



A estratégia de desenvolvimento do governo Lula passa, inevitavelmente, por uma inclusão da cidadania na ordem de 40 milhões de pessoas que estão à margem da sociedade. Uma pauta internacional que coloque na ordem dos países desenvolvidos o compromisso social com os países periféricos do Terceiro Mundo e o grande desafio de Lula: fazer a transição de um modelo econômico neoliberal de lógica capitalista para um novo modelo de desenvolvimento econômico crescente, gerador de trabalho e renda e socialmente justo.



Dito isso, afirmo que Lula não traiu e tampouco esqueceu seus mais caros compromissos com o povo brasileiro. Lula é um presidente maduro e ciente das suas possibilidades de governante e sabe muito bem o que quer e onde vai chegar com o seu governo.

Como ele mesmo diz: “Eu não tenho o direito de errar”.



Preocupa-me a falta de incompreensão de pessoas com pensamentos de esquerda que não assimilaram o grandioso momento histórico vivido pela ideologia de esquerda no Brasil.

O que mais ouvimos no Fórum Social Mundial de companheiros de outros países, é a mesma preocupação de Lula. Para o bem da esquerda o governo de Lula tem que ser vitorioso.

Por isso compreendo a direita raivosa representada pelo latifúndio e pelo grande capital e causa-me indignação a esquerda que titubeia diante da história, representada hoje por um ícone trabalhista o senhor Leonel Brizola, infelizmente.







Caros amigos, abaixo a crônica que venceu o XXVI Concurso Literário Felipe D’Oliveira de Santa Maria. Pela primeira vez ganhei uns trocados com literatura.

Um pouco de ludicidade nessa pesada discussão política.



Um clarão embaixo do viaduto



Athos Ronaldo Miralha da Cunha





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui