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Cronicas-->Irmãs Pacheco -- 06/08/2013 - 18:43 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Irmãs Pacheco

Aroldo Arão de Medeiros

As Irmãs Cajazeiras são personagens fictícias da novela O Bem Amado cujos nomes na trama eram Dorotéia, Dulcinéia e Judicéia. As três solteironas são apaixonadas pelo prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu. O caso que narrarei não é ficção. Existem pequenas inverdades que podem ser aceitas e não irão macular o enredo. Baseio-me a desculpa em Ceumar, na música Pecadinhos:
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo
Tende piedade dos pecadinhos
Que de tão pequenininhos não fazem mal a ninguém.
As irmãs Pacheco, Joana, Josefa, Joaquina e Joelma foram educadas nos preceitos católicos e, com pai rígido, não se aventuraram a namorar. A idade foi passando e logo eram consideradas titias sem terem sobrinhos, coroas sem reinado, balzaquianas sem nem saber quem foi Honoré de Balzac.
Toda história ruim tem sempre um lado bom. Nunca passaram necessidades. O pai, dono de muitas terras e gados, deu sempre o melhor para elas. Quando perderam os pais elas tinham entre trinta e quarenta anos. Não sabiam cuidar dos bens e doaram pedaços de terras para construir escola, igreja e biblioteca. Tinham empregados para cada atividade. O homem que trazia o pão, o que trazia o leite, a cozinheira, a lavadeira, a passadeira e um que era o faz tudo, o seo David. Elas o tratavam de seo Davi, apesar dele ser um pouco mais jovem, pois receberam uma educação mui severa e os pilares dos bons modos eram: tratar com respeito os mais velhos ou aqueles que lhes prestassem qualquer serviço; dar benção aos pais, tios e avós; benzer-se ao passar em frente a uma igreja ou cemitério.
David aproveitou, no bom sentido, os agrados que lhe eram fornecidos e guardava o dinheiro para o seu futuro. Fez uma boa poupança e as irmãs Pacheco lhes deram terras com papel passado. Quando elas faleceram, todos os bens estavam em seu nome e póde desfrutar de uma vida mansa. Casou-se e teve um casal de filhos. Bruna a pérola da casa, conhecendo todo o passado do pai, e não querendo se tornar uma Cajazeira ou Pacheco, tomou uma decisão, trabalharia e jamais se casaria.
Aos dezoito anos convenceu o pai a montar uma loja de móveis e eletrodomésticos para que ela mesma administrasse. O nome que escolhera foi Lojas Pereira. Colocou no plural, pois a intenção era expandir o negócio e ter mais de uma num futuro não muito distante.
Aos vinte anos, com os rendimentos auferidos edificou um prédio e montou um salão de baile.
Aos vinte e dois se apaixonou perdidamente por Jackson e, acreditando que ele era também um lutador, construíram outra loja na cidade vizinha.
Pelo que se sabe a rede de Lojas Pereira e Gonçalves (sobrenome de Jackson) já dispõe de cinco estabelecimentos em duas capitais brasileiras.
Sabe-se também que, até hoje, Bruna ainda desconfia das intenções de Jackson. Bem por isso, o casamento foi feito sem qualquer comunhão de bens, sem contas conjuntas. E, quando saem, cada um paga o seu cafezinho.
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