Ontem, no teatro local, achei interessante o comportamento dos jovens – era teatro em campanha para as escolas públicas – quando, antes da apresentação principal, uma peça moderna cujo enfoque era o que todos já vivem, sem precisar ver no teatro: fome, miséria e morte... Mas, ali, em forma de arte, a desgraça alheia assumia um tom quase mágico.
Pois bem...
Precedeu a peça uma exibição da orquestra sinfônica local, formada há quatro anos, com a boa-vontade do comércio e dos músicos, aliados ao grupo teatral.
E tocaram clássicos (Brahms, Vivaldi...), terminando com MPB variando, de Roberto a Tim Maia, Bethânia, Chico... Aí, sim, a Lona quase vira balão, e sai pelos ares...
Imaginem uma peça começar sob este clima? Tudo de bom!
A platéia não se cansava; após a peça, interagia com os atores, em debates simpáticos e explicações mil.
E eu pressenti que o mundo, ali na Lona Cultural, que me lembrava a famosa “Arca de Noé”, não era tão ruim... Era o prelúdio de um mundo que “ainda é possível salvar”.
Gif-prendinha, de Torre
Milazul
Fotos:
Douglas,
aluno da terceira série,
Ensino Médio;
Teatro Lona Cultural de Campo Grande - RJ. |