Mesmo com tantas ocupações,
pertinentes a esta época, não podia deixar passar em branco
os e-mails que me têm chegado,
de alguns amigos aqui da Usina, de outras partes do Brasil,
preocupados com as manchetes sobre os ataques no Rio.
Gostaria, sim... de dizer "Estou bem"... Mas não posso! Seria egoísmo.
É lamentável, assim como o foi no resto do país, no início do ano, começando em São Paulo.
E os paspalhos do governo assistem a tudo "de camarote". Enquanto as vítimas não forem de suas famílias, está tudo muito bem. O país deve controlar a população, e isto deve ser o modo "mais natural" de seleção. Sim... Foram ônibus queimados e os ricos não usam esse transporte.
Enquanto morrerem os pobres, queimados ou não, está tudo bem... É um favor que estão fazendo poupando-lhes maiores sofrimentos. Não têm futuro mesmo, os coitadinhos...
Mas os bandidos proliferam. Ficam cada vez mais sofisticados e a polícia, além de parcialmente corrupta, não tem armas poderosas para assustá-los.
Não há dinheiro. O parlamento precisa encher os cofres para o próprio aumento de salário. O resto?! É contornável, porra!
Eles, então, vão se organizando em academias: aprendem inglês, boas maneiras, tiro ao alvo, arrombamento de cofres... E pirotecnia, que é - me parece - o mais prático: além de matar a vítima, já a deixa completamente cremada.
São eficientes demais, esses salafrários. Nada me espanta se qualquer dia um deles, ou vários, receber medalhas de "honra ao mérito" e sair em passeata pelas ruas, numa viatura oficial da Polícia Militar.
Será que quando Cristo disse: "Devemos amar os nossos inimigos", saberia o mestre que o espírito humano chegaria a tão lamentável penúria?
Não creio. Prefiro amar um pedaço de esterco que, pelo menos, tem uma finalidade produtiva na grande cadeia deste planeta.
Passou-me pela cabeça, agora, uma perguntinha:
- O que nasceria numa área de terra
onde fossem enterrados
esses vermes fétidos?
E os nossos políticos "eleitos" aí estão... Programando seu magnífico Reveillon, cheio de fogos.
Por que não aproveitam o barulho e estouram as próprias cabeças?
Ah! O ano nasceria tão límpido...
Obrigada, amigo Torre, pelo belo gif!
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