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cronicas-->TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (122) -- 19/09/2013 - 08:02 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TRADIÇÕES, CONTRADIÇÕES (122)

Sou talvez a última pessoa a se julgar isenta. Em qualquer matéria, opinião ou visão de mundo. Não creio, por convicção, que exista alguém completamente isento, imune a tudo e que, ainda que correto em alguma assertiva, não revele a dúvida genérico-sistemática. Assim posto, devo deixar claro que aprecio pessoas, carne e osso, principalmente em seus bons defeitos. Mas seguro de que não devam existir maus defeitos, por definição. Sendo assim, é muito provável que a maioria de jornalistas (ou minoria?) desejem, no afã da peleja diária e no desejo de preservar fontes, se julgarem isentos. E por muito menos do que isso, venho defendendo a robótica em algumas atividades humanas. Uma delas seria adotar nas penitenciárias de segurança mínima, uma equipe de robós, última geração. Lá no final desta provocação, esclareço em miúdos meu projeto.

Se os amáveis leitores e leitoras estiverem interessados (o que duvido muito), recomendo assistirem num desses canais HD, a um documentário-clipe sobre a indústria automobilística. De preferência quando exibirem algo estonteante e desejável, na linha do consumo, como o Jaguar XJ. No mínimo, se vocês não encherem de desejo, a caixa de ilusões, apreciarão a tecnologia robótica em seu mais alto esplendor. E melhor, em alta definição. Tudo, ou quase tudo, é fabricado através de robós smarts. Apenas no final das estações de confecção da joia automotiva é que entram mãos femininas altamente especializadas. Elas não querem substituir os robós, talvez por dois motivos: o finíssimo esmero e habilidade no manuseio de couros especiais e/ou para que o fabricante consiga empregar mão-de-obra especializada dos arredores de Londres. Será que uma robó faria melhor?

Não se preocupem. Eu também fiquei bastante enfronhado em fantasiar um pouco, vendo na minha modesta garagem uma reluzente bólide, com o volante no lado direito. Sonhar não paga tributo. Mas voltemos à robótica. Imaginem vocês, um desses Tremembé da vida ou mesmo o Cotel em Abreu e Lima, coalhados de meliantes, a serem monitorados dia e noite, vinte e quatro horas ininterruptas, por androides de dois metros de altura, mal-encarados ou sorridentes. Como? A turma dos direitos humanos? Tenho certeza que um deputado federal tão maluco quanto eu, acataria o projeto de lei e, numa campanha nacional, nas manifestações públicas e sob uma ruidosa campanha publicitária, convenceria as duas Casas congressuais.
A verba para manutenção, ainda que eu não tivesse efetuado os cálculos, teria uma rubrica específica, tanto quanto a que hoje porta os recursos financeiros para pagar nossos bem-aventurados agentes penitenciários. Os robós, como sabem, já entraram em nossas casas, num progresso exponencial, desde o antigo liquidificador até o multiprocessador que descasca, espreme e enche o copo de suco da dona de casa e sua família. Nessas feiras internacionais nas grandes capitais, já se podem apreciar e esperar que sejam produzidos em larga escala, como qualquer aparelho celular.

Chegou a vez de trocar em miúdos nosso projeto. Todos sabem que qualquer cidadão contribuinte pode (e deve) enviar por e-mail sua proposta de anteprojeto ao Congresso. Dessa forma, como ainda me recordo da ultima vez em quem votei, enviaria para o gabinete do nobre deputado ou deputada, contando tintim por tintim, quais as vantagens, desvantagens, custos envolvidos e um desenho mínimo do tipo de robó-agente penitenciário. O perigo nisso tudo, a meu ver, seria, na Colónia penal de mulheres, uma delas, por algum motivo e sem data vênia, querer agir como eu, sem absolutamente nenhuma isenção e seduzir aquele monte de metal anodizado de última geração.
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WALTER DA SILVA
Camaragibe-PE
18.09.2013

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