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cronicas-->Ser militar na melhor idade -- 02/10/2013 - 15:30 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

Ser militar na melhor idade

José Geraldo Pimentel

Está chegando a hora! A idade média de vida do brasileiro é 73 anos. Eu com 75 anos de idade já me considero um estorvo. Fisicamente me encontro bem. Mas descobri que estou velho. Quem me passou esta informação foi uma neta. Em um texto escolar ela disse que sua mãe ia deixar Florianópolis para morar no Rio de Janeiro para ficar mais perto de seus pais que estavam velhinhos, precisando de atenção. Olhei-me no espelho e percebi que o que refletia ali não batia com o corpo que carregava. Senti-me um lixo! Mas não me curvei. Apenas dei um grito de liberdade, e passei a seguir os conselhos de renomado médico geriatra que explicou que ‘depois de certa idade tudo é permitido.’

A primeira pessoa que notou a minha transformação foi a esposa.

-‘A língua é o chicote do diabo!’ Disse ela. E explicou. ‘No nosso condomínio tinha um senhor que falava demais. Não parava de falar e dizer bobeiras! Você está ficando pior do que ele!’

Realmente. Não consigo ficar calado, nem durante a novela das 21 horas. Vou fazendo comentários malignos, deixando a esposa apavorada.

- Fala baixo. Os vizinhos!

Na rua converso com todo mundo, principalmente, os mais velhos.

‘Namoro ou amizade!’ Pergunto a idade e entabulo uma conversa. Faço logo novos amigos.

Esse ambiente esconde o meu lado militar. Ser militar é não ser solidário. O mineiro costuma ser solidário no câncer. O militar só lembra-se dos amigos quando sabe que ‘fulano morreu!’. Pêsames e algumas palavras de recordação.

Não se pode comentar nada de sua vida particular, principalmente sobre problemas financeiros, senão será censurado. Os chefes militares tratam os reformados com mais de 69 anos e 11 meses de idade com desprezo. Nessa idade o Exército não permite contrair empréstimo consignado, já que a instituição é a fiadora da negociação junto ao banco. Nessa idade não se pode mais financiar a compra de um imóvel ou um carro. Terminei de quitar o meu carro, mas não vou poder trocá-lo por um do ano. Pensar em vender o apartamento para adquirir um maior ou uma casa em um local mais aplausível, nem pensar. Só se for por troca.

O meu grande problema não está na área financeira, porquanto ando na corda bamba desde que levei a noiva para o altar. Para casar comprei tudo a prazo, somando mais de seis carnês. Depois constataria que após pagar as dívidas, não sobrava dinheiro para a alimentação. Cai na mão de um agiota que cobrava 20 % de juros. Um colega que servia no quartel. No final do mês era um pesadelo. ‘E se não consigo pegar outro empréstimo!’ Durante a vida toda de caserna, só folguei uns meses depois de cada transferência de unidade, deslocando-me de um estado para o outro. As ajudas de custo me aliviavam um pouco. Férias em praia, alugando uma casa por um mês, só aconteceu nos dois últimos anos de vida militar. Grande parte do tempo fazia o que a maioria dos policiais militares fazem: ‘bico’! O meu bico consistia em trabalhar como técnico de TV nas horas de folga. Teve época que emendava o horário de término do expediente até as 24 horas; quando, finalmente, voltava para casa. De domingo a domingo.

Sinto que fui feliz enquanto servia ao Exército. Dediquei-me de corpo e alma ao meu trabalho. ‘Não passei pelo Exército. Servi ao Exército!’ Hoje me sinto um rato. Um homem desprestigiado. Poucas pessoas me olham com algum respeito. Um vizinho numa reunião familiar teceu louros e glórias ao Exército. Chamava-se Laércio. Infelizmente o único ser vivo que admirava as Forças Armadas faleceu há pouco tempo, fulminado por um ataque cardíaco! Sofri muito com a sua perda. Hoje me vejo defronte de um bando de hipócritas, que de chefes militares não têm nada.

Três borra-bostas comandam as Forças! E um bando de puxa sacos que anda atrás lambendo as coisas da presidentA da república. Para mim estas criaturas não são homens. Estão mais para uns vermes bajuladores que não se cansam de sair por aí distribuindo medalhas e condecorações para ex terroristas e ex guerrilheiros. São verdadeiros mercadores de medalhas, preocupados em fazer média para garantir uma ‘boquinha’ ao passar para a reserva. Tantos esforços para no fim serem tratados como cachorros!

Essas criaturas covardes foram domesticadas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim; um sujeito desprezível, cujo único mérito é ser de estatura grande. Um minhocão que se fardava de general e cagava nas cabeças dos oficiais de quatro estrelas. ‘Prendo quem protestar contra o lançamento deste livro!’ Ameaçou os oficiais do Alto Comando do Exército em uma reunião no Palácio do Planalto, na presença do presidente da república. Protesto! Só uma pífia nota escrita pelo comandante do Exército, Enzo Martins Peri, depois de ser lida e alterada pelo ministro. ‘Não tenho medo de confrontamento!’ Diria depois o ministro. Os oficiais ouviram calados, e em silêncio permaneceram.

A covardia se instalou na alma e coração dos chefes militares. Logo a ministra chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, passou a montar no lombo do comandante do Exército, o mesmo general Enzo Martins Peri. O fez assinar o Acordo de Solução Amistosa declarando que na Academia Militar das Agulhas Negras se torturam os cadetes nas aulas de instrução de campo. O general se fez presente à reunião em que descerraram a placa que desmoralizou a instituição que forma os oficiais do Exército. Com a presença do general Enzo Martins Peri, na mesma academia, os cadetes foram proibidos de dar prosseguimento a solenidade em que se homenageava o patrono da turma, ex comandante da academia e ex presidente da república, general Emílio Garrastazu Médici. O filho do homenageado, convidado para assistir a formatura, voltou para casa humilhado. Esta semana mais uma humilhação para o Exército brasileiro. Um grupo de marginais, travestidos de autoridades, representando comissões da verdade e comissões das duas casas do Congresso Nacional, teve permissão do ministro da Defesa, Celso Amorim, para inspecionar as antigas instalações onde funcionou o antigo Doi-Codi, no 1.º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, Rio de Janeiro. Objetivo: Transformar o local em um Centro de Memória, e mais uma justificativa para continuar pisando na instituição militar.

Reação? Nenhuma. As nossas autoridades militares confundem covardia com disciplina militar. São umas pulhas, que trocadas por merda, quem ficar com a merda leva vantagem!

Honestamente não consigo compreender porque as autoridades militares têm tanto receio de seus inimigos do passado. Comissões das duas casas do Congresso Nacional ditas de direitos humanos, e outras tantas espalhadas pelo país com títulos pomposos, defendendo a raia miúda, nunca as suas vítimas, são presididas por cadelas ordinárias metidas a machonas, vozes grossas e pelos debaixo do nariz. Dizem as más línguas que essas putas velhas nunca depilaram o corpo; se o fizerem algum dia, o profissional vai ter que usar um tesourão de cortar grama. São fétidas, mal amadas, feias e petistas. Umas drogas de mulheres! Paralelamente vê-se um bando de marginais metidos a macho-man, que agem exatamente iguais aos chefes do tráfico das favelas cariocas. Mas só mostram brabeza enquanto não caem nas mãos da polícia. Aí revelam o seu verdadeiro perfil de borra botas. Mijam e cagam nas calças. Assim são os membros da Comissão da Verdade e de suas filadas. Um grupo de bundas-moles, frouxos, que ao primeiro tapa no pé do ouvido, baixarão as calças e saem do armário. Esses meliantes não evoluíram com o status de membros e presidentes de comissões. Continuam as mesmas criaturas covardes de quando agiam como terroristas e guerrilheiros, sempre na calada da noite, ou surpreendendo as vítimas com armas de grosso calibre.

Os militares têm que se assumir como militares. Não darem moleza para esses comuno-petistas. Não aceitar provocações. Não comparecer a convocação de comissão de merda alguma. Se um cretino desses os hostilizar com ameaça de convocação mediante coerção, fazendo uso da Polícia Federal, deve-se adentrar no recinto em que esteja reunida a comissão e passar fogo nos bandidos. Metralhar ou dinamitar o recinto sem dó e piedade. Bandido bom, é bandido morto. Pau neles!

O meu coração sangra. Nunca pensei que no final de minha vida iria ver o meu Exército transformado em um monte de lixo nas mãos de uns pseudos chefes militares. Não encontro palavras para nomear esses ratos de esgoto. Digo apenas que tenho pena deles!

Rio de Janeiro, 2 de outubro de 2013.

http://www.jgpimentel.com.br

 

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