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Artigos-->Marte ataca! -- 01/09/2003 - 10:43 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há 73 mil anos Marte não ficava tão perto da Terra como neste final de agosto, e só voltará a ficar próximo assim em 2729. O Telescópio Espacial Hubble está fazendo fotos que mostrarão detalhes da superfície marciana com diâmetro mínimo de 27 km. Há sondas em órbita de Marte capazes de tirar fotografias, mas elas não têm o mesmo poder do Hubble. "As fotos que vamos tirar provavelmente irão ilustrar os livros de astronomia pelas próximas décadas", diz Jim Bell, da Universidade Cornell.



O planeta é inóspito, mas a geóloga americana Kathy Campbell lembra que "na Terra, se você procurar, pode isolar bactérias 3 km abaixo da superfície vivendo sem nenhum oxigênio", mantendo em aberto a possibilidade de vida marciana. Nunca houve grandes quantidades de água líquida ou essa água não era em nada parecida com a terrestre. Porém é quase certo que o planeta possui água congelada em seus pólos e pode ter tido água líquida.



Em agosto de 1996, a Nasa (National Aeronautics and Space Administration, agência espacial norte-americana) anunciou a descoberta de moléculas orgânicas fossilizadas e possíveis células em um meteorito lançado de Marte há cerca de 15 milhões de anos e atingiu a Terra há cerca de 13 mil anos. Atualmente, vários robôs americanos e da União Européia rumam a Marte para procurar sinais de água e indicações de vida.



Uma vez a cada 15 ou 17 anos Marte atinge sua aproximação máxima em relação à Terra, na chamada oposição periélica (a Terra se coloca entre Marte e o Sol, numa época próxima ao periélio marciano — o ponto em que a órbita traz Marte para uma distância mínima em relação ao Sol). As oposições periélicas de 1877 e 1892 estiveram por trás do mito dos "canais artificiais" de Marte. O escritor inglês H.G. Wells se valeu da oposição ordinária de 1894 para iniciar sua Guerra dos Mundos. Na oposição periélica de 1939, Orson Welles dramatizou o romance para o rádio, gerando pânico nos Estados Unidos.



Os dois artistas aproveitaram a atração do planeta no imaginário popular. As crendices têm vinculação milenar com o céu, as estrelas, os planetas, os cometas... No livro Cosmos, Carl Sagan refere que os antigos deram nomes de deuses aos cinco corpos errantes que, com o Sol e a Lua, eram visíveis nos céus, "não quaisquer deuses antigos, mas os principais, os poderosos, aqueles que determinam o que os outros deuses (e os mortais) devem fazer. Um dos planetas, brilhante e de movimento lento, foi chamado Marduc pelos babilônios, Odin pelos nórdicos, Zeus pelos gregos e Júpiter pelos romanos. Sempre o rei dos deuses. Ao planeta tênue e veloz que jamais se distanciava muito do Sol, os romanos deram o nome de Mercúrio em homenagem ao mensageiro dos deuses; o mais brilhante deles recebeu o nome de Vênus, a deusa do amor e da beleza; o vermelho, cor de sangue, foi chamado Marte me homenagem ao deus da guerra; e o mais lento do grupo ficou sendo Saturno em homenagem ao deus do tempo".



Os jornais de maior circulação, emissoras de rádio e tevê e a Internet estão repletos de artigos inoculando a crendice da influência dos planetas na vida das pessoas — infelizmente, artigos em número imensamente maior do que os que ajudam os humanos a racionalizar suas ações em relação aos outros humanos e à natureza. "A indecisão estará presente nos relacionamentos sociais e amorosos, pois Marte também forma oposição com o planeta Vênus", dizia um dos horóscopos deste final de agosto. Outro vaticinava que "Marte é um planeta de polaridade masculina", seja lá o que isso queira dizer, "e representa ação, energia, força, vigor, impulso dirigido para fora, ímpeto, iniciativa, vontade, ânimo, motivação, auto-afirmação, desejo, paixão, sexualidade, competitividade, tensão, agressividade e luta. É planeta regente do signo de Áries e co-regente de Escorpião". Mais com os pés no chão, a astróloga considerou, no entanto, que, "quanto aos efeitos da aproximação de Marte, por ser algo praticamente inédito, não é possível fazer afirmações"...

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