Número do Registro de Direito Autoral:131013759549949900
Vou contar nossa história.
Você começou cativando; eu respondendo que “sim”.
Você me incendiou por completo. E eu esquecendo de mim.
Esqueci que não poderia : você ? Jamais ficaria.
Jamais : como nunca ficou.
Mas eu, que nunca fiquei
amarrada por aí, desta vez fiquei sim.
A história não tem um final. Você tem um medo feroz.
Mistura o que quer e não quer. Não quer se prender nem sofrer.
E sofre por não se entregar.
Não sei do que tenho a te dar. Não sei se você quer de mim.
Somente uma coisa aprendi: eu tenho o sinal de fugir. Pareço um pouquinho a você.
Amamos viver e querer. Rotinas não são para nós.
Mas temos o amor.
O amor é raríssimo e cruel.
Se vem : não se vai sem doer.
(Se veio, por que não deixar? Se vai, por que não chorar?)
Vou começar outra vez : a história não pode acabar.
Igual a um mendigo eu te espero, assim , pelo Tempo que for.
Mas nunca darei meu amor sem vida, mistério e calor. Assim como nunca você.
Também nunca vou devolver,
aquilo que destes a mim.
Jamais te darei a ninguém.
Na história que temos- (ou nunca tivemos?)- agora eu irei convidar.
(Pessoas,amigos, prazer : a vida que segue e que vem.
Passamos por ela e brincamos,
E nunca parece o que é...)
No peito meu sangue pergunta:
Cadê?
E tu, distraído e absorto,
não vês que te espero no frio. Não vês que contando as estrelas, fazendo de conta que amo,
brincando de ter o prazer : espero no fundo que voltes,
que tragas o brilho a meus olhos, e jures com rios e luas
que a história jamais vai ter fim...