Por um sonho, sonhado, sonhei.
Por uma crise, criada, fugi.
Entre sonhos e buscas, tornei procurar...
Mas não sei o porquê?
Em tudo que vi, me perdi, não achei.
Eu atei, fui atado. Por pouco cai...
Percorri com saudades os sonhos que tive,
Em meio ao caminho senti-me cansado...
E mesmo cansado, eu não desisti.
Dei “porrada” na vida, a vida me surrou...
Ao encontro de tudo, fui a cara e a coragem,
Em viagem de sonhos, percebi a bobagem,
Descobri ser atleta da esperança e do medo.
Percebi ser “chicletes” na boca de ‘amigo’,
Em vez de confete me criaram o perigo,
De sentir-me isolado em meio de ‘gente’.
Por um de repente, não perdi minha meta...
Por ser coerente encontrei-me poeta.
Hoje, ando meio enjoado das coisas do mundo,
Refreio meus gostos nas coisas sensatas,
Cansei de notar os rostos bonitos...
Perdi o tesão pela aparência que mata.
Sou ‘louco de pedra’ que faz fantasias,
Que cria utopia num mundo fantástico...
Deixei para trás a frieza de tantos,
Que fazem da vida, um mundo de plástico!
Olham pra rua sempre vazia...
Não percebem a lua que a banha de branco.
Guardam no olhar uma estranha agonia,
Por forçar um sorriso que esconde seus prantos.
E apesar de vazios... “Eu que sou louco”!!!
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