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Infanto_Juvenil-->Como Monteiro Lobato -- 22/07/2007 - 22:32 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como Monteiro Lobato

Quando minha mãe dizia que em seu tempo de criança o rádio era muito diferente, eu não entendia direito. Ela contava que havia um aparelho dotado de dois fones e só duas pessoas podiam ouvir a música ao mesmo tempo, cada qual com um desses fones colado ao ouvido.
No meu tempo, o rádio também era diferente dos de hoje. O aparelho era quase do tamanho de uma televisão, mas de madeira. Já não vinha com esses fones e todo mundo que estivesse por perto podia ouvir as músicas, assim como os noticiários e tudo o que fosse transmitido. Eu, ainda pequena, ficava muito intrigada, não compreendia como é que um homem ou uma mulher podiam falar dali de dentro. Meus pais explicavam que as vozes e os sons vinham pelo ar, mas aquilo era muito complicado.
A televisão não existia por aqui, nem esses aparelhinhos todos que conhecemos hoje em dia. Não tinha vídeo-cassete (agora DVD), nem vídeo-game, nem forno de microondas. Não existia computador, agendas eletrônicas, coca-cola, nada disso. As crianças tinham é que inventar brincadeiras e brincar no quintal. Andar de bicicleta, jogar bola, nadar, brincar de casinha, subir em árvores, andar a cavalo eram grandes diversões. Os meninos jogavam futebol, as meninas pulavam corda ou cantavam em roda. Os meninos chateavam e as meninas choravam, isso foi sempre igual.
Naquele tempo as crianças quase não saíam de casa e nem iam para a escola tão cedo. Não existia berçário nem escola maternal. Só entrávamos no jardim de infância lá pelos seis anos.
As revistas em quadrinhos já existiam, essas mesmas, do Walt Disney. Conhecíamos o Pato Donald e seus sobrinhos, o Tio Patinhas, os Irmãos Metralha, o Pateta, o Mickey, a Margarida, a Vovó Donalda ... Havia uma outra, da qual eu gostava mais, a do Pinduca. Ele era um menino careca que se metia num monte de aventuras. Nessa mesma revista também circulavam outros personagens, como o Pernalonga, um coelho de pernas longas que vivia roubando cenouras da horta do Hortelino Trocaletra, um homem baixinho e orelhudo que, como seu nome indica, tlocava muitas letlas ao falar. Tinha também o Almanaque Tico-Tico e eu gostava dos personagens Reco-Reco, Bolão e Azeitona.
Eu sempre lia essas revistinhas às escondidas, porque minha mãe, fora o Almanaque, não gostava muito. Ela preferia que lêssemos coisas mais bem escritas, como os livros de Monteiro Lobato, As Aventuras de Tom Sawyer, Alice no País das Maravilhas e tantos outros.
Como Monteiro Lobato, passei minha infância em Taubaté. Ele viveu na Chácara do Visconde, que era a chácara do seu avô. De lá tirou muitas idéias para o seu Sítio do Pica-Pau Amarelo. Eu vivi no quintal da nossa casa, de onde não tirei muitas idéias, mas me diverti muito.


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