Usina de Letras
Usina de Letras
189 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62180 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50583)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->O Quintal -- 22/07/2007 - 22:45 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Quintal


Nossa casa ficava no centro da cidade e tinha um quintal enorme, cheio de árvores frutíferas: mangueiras, abacateiros,laranjeiras, bananeiras e, principalmente, muitas goiabeiras. Numa certa época do ano minha mãe e a empregada viviam remexendo tachos, preparando goiabadas. Em outra época, elas faziam sorvetes de abacate. Nós, as crianças, não trabalhávamos, mas comíamos tudo,achando bem gostoso.
Eram tantas as goiabas que podíamos escolher: brancas ou vermelhas, maduras ou verdolengas. Gostávamos de fazer guerra,atirando goiabas podres nos inimigos. Também nos divertíamos atirando goiabas ao alvo, isto é, fazendo-as explodir num muro que um dia foi branquinho.
Nesse quintal também tinha um pé de amora. Quando alguém as colhia, um outro sempre dizia: “vou contar pro seu pai que você namora”.
Um dos abacateiros ficava bem atrás da casa e era embaixo dele que minha mãe gostava de servir o lanche da tarde quando havia mais gente. Ali festejamos alguns aniversários e foi ali que mamãe recebeu um grupo de americanos recém-chegados, que vieram morar numa cidade vizinha.
Papai não gostava dessas visitas e, naquela tarde, nos incitou a pregar uma peça nos gringos. Pediu-nos para localizar um abacate bem maduro, que estivesse prestes a cair e colocou uma cadeira logo abaixo dele. Enquanto dona Laura recebia os convidados, nós ficamos torcendo para que o abacate caísse na careca do americano que ocupou a cadeira estrategicamente colocada. Rezamos, praguejamos, fizemos figa, mas a fruta não caiu.
Acabada a reunião, papai, que havia sumido para não enfrentar as visitas, reapareceu. Esquecido da marotagem, aboletou-se no lugar errado e já se preparava para tomar um cafezinho quando o abacate resolveu cair. Estourou bem no braço da cadeira em que ele se encontrava.
Para nós foi muito divertido, porque agora mamãe também ria. Se tivesse caído na cabeça do gringo ela ia ficar uma arara. E ia sobrar para as crianças, é claro!


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui