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Artigos-->O EU - SUBJETIVO -- 05/09/2003 - 04:56 (Luiza Mohaupt) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Foi dito antes que todo ser humano, como o ponto singular de um holograma, contém o cosmo em si.(...) Contém a multiplicidade interior, as personalidades virtuais, uma infinidade de personalidade quiméricos, uma poliexistência no real e no imaginário, o sono e a vigília, a obediência e a transgressão, o ostensivo e o segreto,(...) Cada um contém galáxias de sonhos e de fantasias, impulsos indomáveis de desejos e de amores, abismos de infelicidade,(...) Cada um contém uma solidão inacreditável, uma pluralidade extraordinária, um cosmo insondável. (Edgar Morim-p.94)



A questão do sujeito passa em primeiro lugar pela sua questão de ser humano, de sua natureza inerente do ser eu . O sujeito vive na eterna busca de seu ser individual, ele se questiona em diversos planos, como: no prático, no físico, no espiritual. O ser humano possui a capacidade de receber o sentido das coisas, perceber e de transformar, possui a capacidade de construir coisas novas e a essas coisas do mundo (sociedade) que acontecem, formam dentro de homem, no seu psique, o que podemos chamar de subjetividade.

O sujeito não pode estar seperando da subjetividade, do seu eu individual e de um social. Assim a coletividade da qual participa e compartilha vem a formar a sua subjetividade, seja no trabalho, em casa ou numa roda de amigos criando ou repetindo coisas, mas há sempre algo diferente.

A tecnologia vem caminhando para um grande avanço, surgindo máquinas modernas, levando o próprio homem a uma outra forma de criação. Hoje estamos em contato com a máquina geradora de realidade virtual, onde o sujeito se comunica com o mundo e cria forma individuais diferentes daquela que ele mesmo apresenta para si. Existe uma criação de uma nova estrutura e funcionamento de nossa subjetividade.

O homem passou a manipular a ciência e a tecnologia para buscar o seu bem-estar, Criou máquinas para ter um suporte de conhecimento e poder, para facilitar sua vida cotidiana, mas verificamos que com o avanço tecnológico, com a modernidade das máquinas, o homem tornou-se cada vez escravo dessa tecnologia tão avançada.

A tecnologia é um conjunto de conhecimentos oriundo de diversas fontes científicas para a produção de bens e serviços, visando um progresso para a sociedade. O avanço da tecnologia caracteriza um estilo de sociedade, uma sociedade capitalista, onde esta tecnologia exprime o conhecimento. O saber que induz ao poder.

Quando o saber induz ao poder verificamos que a tecnologia também adquire um avanço, pois esta está associada diretamente ao conhecimento científico. Quanto mais o homem participa do conhecimento do saber científico, mas há um avanço tecnológico que induz ao crescimento tecnológico, e também ao desenvolvimento da subjetividade do ser humano, pois esta permite o aumento da criatividade do indivíduo. Podemos constatar que o conhecimento científico é um transformador da humanidade com ela mesma e com a própria tecnologia. A ciência é plena de sabedoria subjetiva e também é técnica.



"Tecnologia é, pois, o conhecimento científico transformado em técnica, que, por sua vez, irá ampliar a possibilidade de produção de novos conhecimentos científicos. Na tecnologia est´a possibilidade da efetiva transformação do real. Ela é a afirmação prática do desejo de controle que subjaz ao se fazer ciência e pressupõe ação, transformação; é plena de ciência, mas é, também, técnica." (Corrêa, 1997, p. 253)



Podemos cogitar que o modo de ser do homem, de hoje, que vive em uma sociedade chamada cibernética, apresenta uma refração da personalidae em vários eus . As pessoas, neste contexto, adquirem a possibilidade de trocarem de sexo, idade, nome, assumindo um novo papel social que não o seu, pois



"No tempo real do ciberespaço, oferecem-se ao indivíduo mais possibilidades: a identidade torna-se fragmentada quando convertemos o que somos de múltiplas maneiras. Como construímos e reconstruímos o eu depende muito de crescente números de pessoas que encontramos e de como elas nos respondem." (Lipton, 1996, p. 343).



A tecnologia cibernética permitiu ao homem atravessar do real para o imaginário. A subjetividade promove ao homem a capacidade de criar e de transformar-se para além da imaginação. É como se abrisse uma porta para o diferente, uma porta universal, invisível apenas por meio de uma conexão. A partir dessa entrada, acontece um mundo de fantasias, o irreal que também é real. Uma subjetividade, que talvez confusa, criada por imagens, talvez, não existentes.

O imaginário cibernético torna-se um jogo de mudanças de comportamento, onde o ser homem busca um imaginério de si mesmo. Sendo a história do homem um complexo de ordem, de desordem e de organização, o indivíduo procura a sua satisfação, o seu prazer que, nos dias de hoje, estão ameaçados pela desenfreada tecnologia, onde o homem vive para o trabalho.

Assim, a reação de pessoas é buscar uma saída para extravasar esse desequilíbrio mental que ocorre dentro de uma estrutura tecnológica exigida pela sociedade. Este indivíduo, em seus momentos vagos, cnecta com o mundo virtual e tornando-se um pouco virtual para sair desse real, as vezes, sufocante.

O indivíduo é uno e múltiplo; ele é bipolarizado, quando se refere ao yin/yang. Ele possui a incerteza e isto o leva à dúvida (dualidade) o que lhe permite a buscar sempre o ideal levando-o à direçaõ do seu imaginário-criativo.

Enfim, somos seres, individuos, sujeitos, que vivemos nessa realidade existente; real-virtual-imaginário. A tecnologia avança buscando a amplitude para possibilitar ao homem o controle, o poder, o conhecimento, o saber de todos os saberes.

A comunicação é um veículo fundamental para o avanço de toda uma tecnologia. Hoje, a televisão, mesmo que seja uma máquina criada há tempos atrás, ela possui uma grnade influência no nosso campo de estilo de vida, como: maneirismos, sentimentos, papeis e pensamentos.

Este veículo de comunicação possibilita ao sujeito a constituir outras formas diferentes de ser. a pessoa entra em contato visual com as vária formas de experiência humana, isto permite que o homem amplie a sua subjetividade. A televisão provocou uma desterritorialização generalizada da subjetividade do conjunto da população.



O mundo cibernético também acontece a comunicação. Onde a troca de informações, também visual, possibilita o desenvolvimento da imaginação e da criação de novas formas tecnológicas para se tentar atingir, o impossível-possível da busca da conquista de ser humano.Com esta infinita busca, o homem está sempre na tentativa de novas criações, de novos saberes...



Quando falamos de subjetividade, não podemos deixar de lado o psíquico, temos que levar em consideração alguns aspectos, tais como, um deles: a imaginação.



Na psique humana existe a capacidade de criar uma imagem, não a partir de um choque, mas a partir de nada. A imaginação exprime a espontaneidade representativa do ser humano é capaz de ver em qualquer coisa o que não está ali.

Isso Torna o homem capaz de produzir, de criar novas imagens e de reproduzir-las, pois tudo que por uma mente - na subjetividade - é também vista e percebida na sua objetividade quando se torna real, criada, produzida...



Para a subjetividade humana, o que interessa é um sujeito diferente, tanto do sujeito inconsciente, da definição psicanalítica, como da definição social. Seus traços essenciais são,

por um lado, a reflexividade, a capacidade de receber o sentido, questionar o sentido e criar um novo sentido - e, por outro lado, a capacidade da atividade da atividade deliberada - vontade. Esta subjetividade possui a capacidade decisiva do trabalho lúdico sobre si.



A subjetividade que leva a reflexividade permite ao homem ser capaz de questionar seu mundo de representações e a sua maneira de representar (de se colocar nesse mundo imaginário-real). Somos um ser imaginante, isto é, inventores - fonte de criatividade. É preciso que possamos imaginar algo mais do que é para ser imaginado.



Podemos construir imagens ideais e contempla-las no imaginário, criar no virtual (não existente) e estabelecer uma conexão com esses metapontos - real/virtual - em pensamentos simples e frágeis que poderão desaparecer na página da virtualidade.



A subjetividade, reflexiva e também complexa, se faz necessária para a diferenciação de um ser para o outro. É importante o conhecimento da sua subjetividade para que se possa tomar consciência de si mesmo e a partir de então, tomar consciência do objeto do mundo imaginário-real.



O Homem estabelece um contato virtual criando para si um imaginário da sua própria identidade, ele cria uma nova identidade que o leva a uma consciência de um eu não-real para um outro eu , talvez, não-real. Esse vínculo de não-realidade/realidade faz parte de um mundo cibernético - imaginário-real. Assim o mundo atual vem formando uma subjetividade além da imagem real.





"Ohomem transparente fascina o imaginário moderno, que sonha com poder circular através de tudo sem encontrar mais nenhum obstáculo, quer seja o obstáculo, o de tempo ou o de outrem. Donde sua fascinação pela ação a distância, o instante, a solidão. E seu desejo de ser como os fantasmas ou, melhor ainda,

como os anjos, que não encontram nenhuma barreira"... (bertrand Vergely - p.134 (2000).



Essa busca pela perfeição, pela tecnologia, pelo crescimento da humanidade, induz o homem a uma capacidade de aspirar se desrealizar e não mais ter corpo; enquanto contato, enquanto vinculo. Possui o desejo de ter o imaginário além de si mesmo. A virtualidade permite que o homem transpasse esse real e com esta passagem do real/irreal ela passa a surfar sobre as ondas do imaginário. O ser transporta-se para uma subjetividade do, talvez, nada; nem homem nem mulher; nem velho nem jovem, nada faz diferença.

Será que o homem não encontrará mais barreiras?



O indivíduo humano constrói a sua subjetividade, mas carrega consigo a plenitude da realidade - a existência - e, assim, contém o todo da vida sem deixar de ser um ser único.



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