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cronicas-->Uma viagem à felicidade em Veneza -- 15/11/2013 - 15:41 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma viagem à felicidade em Veneza

Aroldo Arão de Medeiros

Parte da família Medeiros planejou uma viagem à Europa. Estas pessoas do mesmo sangue eram os três filhos mais velhos e o pai. Todos aposentados e com uma enorme vontade de estarem juntos por mais ou menos vinte dias. Um dos lugares escolhido foi Veneza, um dos cartões postais da "velha senhora".
Este grande passeio que foi planejado, discutido e sonhado pelo longo de todo o primeiro semestre de 2013 começou no dia 21 de setembro realizando, desta maneira, um grande desejo de todos.
A partir daí, só alegria, curiosidade e deslumbre.
Desde que decidiram pelo passeio aquele que não era o mindinho, nem seu vizinho, nem o fura-bolo, nem o mata-piolho, mas o pai de todos, Arão, não falava em outra coisa que não fosse trem-bala. Queria a qualquer custo andar no comboio de alta velocidade, meio de locomoção que pode ultrapassar os trezentos quilómetros por hora e que no outro continente é chamado de trem AVE (Alta Velocidade Espanhola).
Quando chegaram na Estação Mestre em Veneza, se deslocaram até o ponto de taxi. O motorista, com cara de quem estava participando de uma pegadinha, mostra o hotel do outro lado da rua.
No outro dia foram de trem novamente até a Estação Veneza Centrale. Passearam bastante e foram de Vaporeto até a Ilha de Murano, onde moldam os mais belos objetos de vidro trabalhado. Para mostrar mesmo que o forte dessa bela ilha é o vidro viram uma turista com óculos fundo de garrafa, só que contrário às belezas dos vitrais esse era assustador.
Apurado para ir ao banheiro, Aroldo encontrou um e ficou contente. Quando saiu, o resmungo tomou conta dele que pagou um euro e cinquenta centavos (quatro reais e cinquenta centavos) e dizia que este não era higiênico o suficiente para custar o valor cobrado.
No retorno ao hotel, dentro do trem encontraram duas amigas brasileiras, (Estela e Ângela), que moravam a menos de três quilómetros da casa do Aroldo. Elas estavam acompanhadas de um "amigo" italiano. Estavam viajando pela Europa com deslocamentos de trem. A viagem mais longa que fizeram fora de onze horas. Contaram que na classe económica ninguém ajudava a colocar as malas nos bagageiros. Nessa última viagem, que foi no vagão de primeira classe as ajudas eram constantes. Aproveitaram já que quando chegassem ao Brasil a rotina seria bem diferente. Chegaram à conclusão que pobre não ajuda seu igual, e o rico, quando enganado, ajuda com segundas intenções. O amigo italiano provavelmente arcaria com a despesa dali para a frente, porque de Veneza iria levá-las para Verona. Conversaram bastante e despediram-se do trio que embarcariam no carro do Bresciano para novas aventuras.
Finalmente exaustos chegaram ao hotel e a Lurdinha bateu com a cara no espelho do elevador. Ninguém riu, por incrível que pareça, provavelmente por estarem cansados demais.
Quando Arão voltou da viagem e colocou os pés dentro da sala viu um pacote na mesinha de centro. Curioso como toda família, chegou bem perto e notou que o destinatário era ele. Com a inscrição "Objeto Frágil", ele tomou o maior cuidado para abrir a caixa. Havia uma carta que ele pediu para a Lucimar ler, já que sua vista não era das melhores.
- Querido pai. Este presente comprei na Ilha de Murano. O senhor falou antes e durante a viagem muito tempo sobre trem-bala. Como o preço da viagem era caríssimo nós o enrolamos e sempre que precisávamos íamos no trem tradicional. Num descuido seu, e com a cumplicidade da Lucimar despachei o presente no correio que havia na Estação Veneza Central. Espero que aceite a brincadeira, já que a ideia partiu de seus filhos que tanto o amam. Abra com cuidado a caixa para não quebrar o objeto. Junte os dois itens e realize pelo menos em sonho seu passeio. Benção.

Aroldo

A Lucimar abriu a caixa que continha um trenzinho de vidro multi colorido e uma bala de banana.


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