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Artigos-->Contrariando interesses -- 05/09/2003 - 10:24 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Quando vamos contrariar interesses

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



As últimas pesquisas de opinião acerca do governo Lula denotam que a popularidade do presidente tem aumentado.

Certo é que, nesses índices crescentes, estão computados vários pontos que compõem o carisma pessoal de Lula por conta de uma trajetória política de mais de 20 anos. Mas, também, devemos considerar que nos índices de aprovação de Lula há um percentual que é devido às políticas de governo. Embora a crítica e o aplauso de diversos setores da sociedade.

Tenho comigo que o foco do governo Lula é a transformação social. Esse foi o voto que demos. E considero favorável ao governo apenas os pontos de alcance social. Basicamente os projetos de inclusão social cidadã e distribuição de renda.

Assim, temos algumas políticas de governo que merecem nossa atenção e consideração. Cito três bons exemplos que estão sendo implementados, inclusive com todos os percalços de quem não está, ainda, acostumado com a engrenagem do Estado.



1. O Programa Fome Zero. Um programa arrojado que, embora todas as falhas, compreensíveis num projeto dessa magnitude, vêm ao encontro do resgate da cidadania excluída.

2. Os pontos da Reforma da Previdência. A reforma abre a possibilidade de inclusão de pessoas que estão à margem de uma aposentadoria. São 40 milhões de pessoas que terão acesso a uma previdência no futuro.

3. Micro-crédito. Recentemente a Caixa Econômica Federal implementou um programa para pessoas de baixa renda através de um micro-crédito com financiamentos de até R$ 200,00. Está comprovado que o micro-crédito é uma maneira de impulsionarmos os pequenos negócios e mover a economia. Haja vista as feiras do cooperativismo e da sócio-economia solidária.



O PT prometeu mudanças para o Brasil.

Como alguns companheiros, também acho que medidas conservadoras e acordos com os delinqüentes da política, como diz a senadora Heloisa Helena, não fazem parte do histórico de lutas do PT. O ato de ser governo coloca o PT e os partidos aliados diante desses espeleus da política conservadora e arcaica e, logicamente, a convivência é quase inexplicável. O PT é governo e não está sozinho e não é o dono do Brasil. E precisa governar, e bem, dentro de um contexto capitalista, esse nosso tão sofrido país. Por isso torna-se compreensível, necessária e quase explicável essa jurássica companhia.



Compreendo o quanto é difícil para os companheiros que tem uma forte e embasada teoria política. Uma convicção ideológica firme e sustentada nos tratados clássicos do socialismo. Temos que ter maturidade no ofício do poder e não colocarmos a convicção diante da razão.

Devemos compreender que o Brasil é um país capitalista e o mandato de Lula está para fazer as reformas com um grau de profundidade que desejamos viável para responder os anseios e compromissos assumidos na campanha. E o PT e seus aliados não prometeram proclamar uma republica socialista nos moldes do leste europeu. Não mais tilintamos vitórias em copos de Cuba Libre. Não sei se me faço entender.

Então, infelizmente, temos que conviver e negociar com os que fazem da política seu balcão de negócios. Logicamente, com o devido respeito e ética no trato da coisa pública.



Entendo que devemos ser calmos, pacientes e persistentes. Pois as reformas virão. Entretanto, com toda a minha moderação, com toda a minha calma e experiência adquirida desde os tempos que o PT não conseguia sequer eleger um vereador, ainda quero e desejo, como perguntou um companheiro quando o PT ganhou pela primeira vez uma prefeitura do interior gaúcho: - Quando vamos contrariar interesses?



Podemos esperar o tempo que for preciso. Podemos lutar mais vinte anos. Mas quero ver uma política de governo que contrarie os interesses do capital especulativo, contrarie os interesses do latifúndio improdutivo, das oligarquias, conglomerados financeiros e das intocáveis fortunas rurais e urbanas.



Quando mexermos, e se mexermos, nesse abelheiro, aí sim, estaremos distribuindo renda e fomentando o trabalho. E com certeza o futuro será bem mais esperançoso para todos os brasileiros.









Um clarão embaixo do viaduto



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