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Cartas-->CARTA PARA QUEM QUISER LER -- 29/03/2007 - 22:37 (Deborah Douglas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CARTA PARA QUEM QUISER LER

Olá!
Como está você?
Comigo tudo bem. Pondo para fora em palavras escritas aquilo que a ferida teima em sangrar em memórias líquidas. Já tentei fazer curativo. Usei até penicilina. Outro dia fui no médico e ele me disse que a única cura era escrever. Mas aí eu disse: “E quem vai querer saber dessa minha ferida? Vou escrever para quem? Escreva para quem quiser ler, disse ele.
Então, como você se interessou por esta carta, vou te contar o que me aflige.
Não são dores de amores, não. Não é úlcera gástrica, onde o ácido corrói parte de seu estômago. A ferida que tenho chama-se úlcera quase impossível. Sabe como ela começou? Quando o que pensava que era certo, se tornou errado. Vou explicar melhor. Quando ser esperto se tornou sinônimo de roubo e trapaça. Quando ser inteligente, se tornou sinônimo de como roubar sem ser notado. Quando as crianças, ao invés de brincar, ficaram nos faróis (a mando dos próprios pais) pedindo um “trocadinho”.
Nem te conto! Começou a subir um ardor que percorria as mãos e subia pela cabeça, até desembocar na mente que, prontamente, pensou em uma atitude para sanar a doença. Mas foi difícil pois nas bulas dos remédios, estava escrito que ele só funcionava com muita gente junta. Aí ficou difícil. Até encontrei gente com os mesmos sintomas que os meus, mas o médico deles não disse para que escrevessem. Disse somente para reclamar. Mas reclamando jogando ao vento, coisa que fosse levado embora.
Conclusão: minha ferida ainda está sangrando. O próximo passo é tomar uma injeção de ânimo, misturada com paciência e esperança. Ânimo para continuar escrevendo para quem quiser ler. Paciência para poder ver sem sofrer. E esperança de que tudo, mesmo que seja a longo prazo, irá mudar para melhor.
Agora me conte de você. E sua ferida já cicatrizou?
Não deixe de me dar notícias suas.
Um grande abraço
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