Recebo surpreso e indignado(acredito que todos os comerciantes de Rondônia vão ficar indignados também) um release da Assembléia Legislativa de Rondônia, relatando a criação de mais um feriado estadual.
Trata-se de um projeto do deputado Edézio Martelli(que é isso companheiro), tornando o dia 8 de março mais um dia improdutivo para o povo rondoniense.
O dia 8 de março já é consagrado às mulheres internacionalmente, dispensando a homenagem que vai gerar prejuízos ao Produto Interno Bruto do Estado e do Brasil.
Acostumado a prestigiar o PT em minhas colunas, registrei a indignação dos comerciantes rondonienses com o famigerado feriado dedicado aos evangélicos há poucos meses. Nenhum evangelho fala em fugir do serviço e os evangélicos normalmente costumam dizer que os feriados excessivos prejudicam o andamento das coisas. Conheço centenas de evangélicos que adoram trabalhar.
Não bastasse o feriado dos evangélicos, que é uma afronta aos próprios, teremos mais um feriado regional aprovado pelos deputados.
Sinceramente caro leitor, você concorda com a instituição de mais dias de folga num estado que tem problemas gravíssimos a serem resolvidos?
O cronograma normal do governo não consegue estabelecer padrões aceitáveis de ações em quase todos os setores e se cria mais uma data para parar o serviço?
Que pretendem os homens que elegemos com esses feriados? Atrasar Rondônia, torná-la alvo de chacota permanente dos outros integrantes da federação?
Os deputados rondonienses em breve vão ter que mudar seus procedimentos criando dias de trabalho, já que os feriados estão se tornando tão importantes.
Nem se questiona o papel da mulher na sociedade, mas certamente as gestantes que perderem crianças na hora do parto, os doentes que tiverem carência de atendimento nas unidades, as mulheres que apanharem e quiserem registrar queixa nas delegacias fechadas, as crianças sem mais um dia de aula não vão achar graça nenhuma do feriado equivocado.
Produzir boas leis é uma forma de homenagear homens, mulheres e crianças. Os partidos políticos têm que discutir as prioridades para assegurar o desenvolvimento de Rondônia, não seu atraso econômico e intelectual.
