SEM DAR NOMES...
Uma empregada que trabalhou em casa de minha mãe morria de saber o nome de todos nós, mas não falava de jeito nenhum. Então, dava recados assim: “Sua mãe saiu com o marido dela e disse que se a mãe do Felipe telefonar é pra dizer que o marido dela vem almoçar”. Ouvindo isso, pensei que só meu pai voltaria para o almoço, mamãe, não. E que a mãe do Felipe – minha cunhada Marina – queria falar com papai e precisava ser informada de que ele estaria em casa na hora do almoço.
Entretanto, ao meio-dia, eis que mamãe e papai chegam juntos. Diante do meu espanto, mamãe explicou: o segundo “marido dela” ao qual a empregada se referiu, era o marido da minha cunhada, quer dizer, meu irmão José... que também viria almoçar, assim como sua mulher e o filhinho deles...
Beatriz Cruz
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