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Poesias-->Amargura -- 13/11/2001 - 00:57 (Carlos Santos Lacerda) |
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Os dias estão passando tão devagar
Eu continuo aqui vendo as nuvens correndo lá fora
Da minha janela vislumbro tantas vidas e imagino como é cada uma delas
Seus anseios e desesperos
Mágoas e felicidades
Pelos corredores que me cercam
Também há fantasmas que não me escapam
De cada detalhe da roupa amassada sobre a cama
Eu ainda posso ver vidas que tive e que levaram tanto do que sou ainda
Deixei cacos da minha memória sobre a mesa de vários bares que me embriaguei
Os olhos da prostituta e do vagabundo jogado ao chão são o meu consolo para minha indignidade
Me superiorizo em cada amargura
Encontro minha felicidade na infelicidade alheia
Desejo meus dias vertentes aos ódios das pessoas.
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