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Poesias-->POEMA DA RAZÃO SEM SENTIMENTOS -- 13/11/2001 - 01:16 (Carlos Santos Lacerda) |
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Eu tenho um só pensamento
Penso sobre cada coisa terrível
Que a vã melodia me deixou no vento
Cada folha, cada dia
Voar ao tempo com sua velocidade imensa
Vem o vento com sua máscara de véu branco
Sobre as rosas roxas desta carta sem princípios
És tu que levas para cada dia a mais minha vida
Vem o vento mas me deixa cantar
Gritar ao tempo que não mais poderá me segurar
Vem o vento mas não me leva e me deixa caminhar sem pressa
Vem me deixa cantar
E cantar e cantar
De dias esdrúxulos
De pudores alheios a vontade indesejada
Apaga em mim essa ilusão consciente que o centro sou eu
E o universo satélite desta alma de vidro
Me deixa em paz
Sem medos e receios
Me deixa em paz
Tumor maligno de ódio e rancor
Me deixa
Afasta de tuas veias
Essa corrente de sangue escuro
Que brilha sob a ótica egoísta e utópica de prazeres infinitos e infindáveis
Desapareça e não aborreça
Caco, leve, simples
Resta pulcro esse coração
Deixa calada essa voz interior
Seja humano
Para que o meu ser humano
Possa ser realmente humano
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