Carregam no ventre esquifes desprovidos de ilusão.
E cortam ao meio os gigantes de aço.
Olhares atônitos assistem lá bem abaixo.
Seus pobres corpos estilhaçados pelo chão.
Nos céus há fumaça...
Fogos de artifício.
Que os olhos embaça.
Vozes caladas sem proposta.
Não há perdão, somente sacrifício.
Em meio às ruas da desgraça.
Hoje não há sequer uma resposta.
Foi-se o sonho do menino.
Já não existes desejos traçados.
Da juventude restou sequer uma esperança.
Somente há jogados restos de destino.
Em tantos sonhos destroçados.
Negra imagem que já não se apaga da lembrança.
Nos olhos de desespero só a sombra da dor.
Tanta tristeza por tamanha insensatez.
Como se cada palavra não dita.
Pudesse escrever em papel.
Gritos de silencio contidos na garganta.
Em cada um a expressão do outro, só provoca mudez.
Pois jaz em solo frio milhares de corações.
Construtores das Torres de Babel.
Coloco neste poema minha revolta contra o acontecido em 11 de setembro de 2001 e deixo aqui minha homenagem as vitimas inocentes do atentado terrorista no World Trace Center em Nova York.