Em meio ao caminho, deixo sonhos.
(como isto fosse privilégio de alguém!).
Há muito que os vejo espalhados pelo chão.
Recolho, apenas, os desejos que respiram.
Abandono os que não me cabem mais nas mãos...
Da maneira que os vi, pelo pouco que os senti...
já não vivem, não ocupam mais lugar...
Foram sonhos que passaram, sonhos que deixaram
marcas de desejos que hoje são em vão...
Contudo, tenho a certeza...
esses que sobraram: valem uma vida...
Não sei por que... Há sonhos que não morrem!
Por mais que sejam loucos, por mais que sejam tolos,
têm uma força difícil de explicá-los.
Sonhos impossíveis, sonhos invisíveis,
de tal maneira vivos que não conseguem mais morrer...
Por tudo... Sonho sempre, renovo os meus sonhos.
Junto-os àqueles que de uma forma sobrevivem...
Sonho... Que mais posso fazer?
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