Há 6.000 anos o ser humano se pauta por certa religiosidade para construir sua política e seu pensamento filosófico no ocidente e conseqüentemente, vem errando a ponto de não permitir sua própria evolução necessária.
Dogmas que emperram o desenvolvimento científico foram criados por líderes e supostos "pensadores" para a benesse própria, para coroar reis, para impulsionar as guerras, para acumular poderes e riquezas em nome de um suposto ser criador, que mais se parece com homem do que com deus , com todos os defeitos que o homem tem. Um deus que é à semelhança do próprio homem, com seus defeitos de ira, vaidade, pompa e vingança. Um deus que , no fundo, não se diferencia muito da mitologia do Olimpo da antiga Grécia.
E nesse bojo o deus dos judeus, cristãos e muçulmanos (antropomórfico e tribal) vem se destacando, no decorrer dos milênios, a justificar guerras, saques, genocídios, acúmulo de poderes e riquezas nas mãos de seus "porta-vozes", causando grandes desajustes e desentendimentos na humanidade.
Os cientistas, com todos os avanços tecnológicos atuais, não provaram ainda a existência, nem a inexistência desse deus. Isso se dá porque tecnicamente não existe prova de inexistência. Entretanto, os dados que possuímos deixam muito clara a impossibilidade da existência do deus dos cristãos, judeus e muçulmanos, o deus predominante nas cabeças da humanidade. Desnecessário falar de outros deuses, porque são tão sem fundamento quanto Yavé, javéh ou Jeovah.
Nunca encontramos uma prova técnica da inexistência do Saci-Pererê , nem de lobisomens. Isso, porém, não nos faz crer que eles existam.
NÃO EXISTE A ONISCIÊNCIA
Não temos qualquer dúvida de que os dinossauros existiram porque os grandes ossos encontrados pelos arqueólogos são provas incontestáveis da existência de animais gigantescos.
Temos certeza de que o universo não tem apenas seis ou dez mil anos porque os telescópios atuais permitem avistar a uma distância de onde a luz só chega a nós com bilhões de anos. Os religiosos rejeitam a eficiência dos métodos radiativos de datação; mas a velocidade da luz ninguém tem coragem de negar.
As viagens aéreas e espaciais e também os satélites artificiais, não permitem que uma pessoa de raciocínio normal hoje possa pensar que nosso mundo seja um composto de rochas, terra e vegetais flutuando sobre águas (Êxodo, 20: 4). Qualquer estudante de segundo grau sabe que as águas é que estão sobre a terra, acumulando-se em suas depressões e nos pólos, atingindo uma pequena profundidade abaixo da sua superfície.
Não tenho nenhuma dúvida de que o Sol não caminha pelo céu de uma a outra extremidade (Salmos, 19: 6) – nem extremidades existem -; porque todas as análises científicas e as imagens de satélites nos mostram, sem sombra de dúvida, que é a Terra que gira em torno do Sol.
Não temos dúvida de que a simples aproximação de uma estrela a uns poucos milhões de quilômetros do nosso planeta seria suficiente para fritar tudo que há de seres vivos aqui, e que a dimensão delas (milhares ou milhões de vezes o tamanho da Terra) torna impossível que caiam sobre a terra (Mateus, 24: 29; Apocalipse, 6: 13) . E ainda que caíssem apenas um punhado de asteróides, como alguns religiosos dizem para tentar uma saída, isso seria suficiente para eliminar todas as vidas.
Se o deus onisciente criador de todas as coisas não sabia nada disso, dá para acreditar que ele realmente existe?
Todo criador conhece bem a própria obra.
Como a própria Bíblia nos afirma serem elas palavras escritas pelo próprio deus e por homens inspirados pelo "espírito santo" desse deus (Deuteronômio, 9: 10; II Pedro, 3: 5-7 e 1: 21), não poderia ele ser o criador de tudo e desconhecer a própria obra. Isso nos dá uma noção clara de que Yavé (Jeovah) era nada mais que o pensamento dos hebreus. Um deus tribal como qualquer divindade criada por imaginação de aborígenes e silvícolas.
NÃO EXISTE A ONIPOTÊNCIA
Do exposto acima se vê que o deus dos hebreus não era onisciente; só sabia o que os hebreus pensavam que fosse a realidade. Um suposto deus que acompanhava o parco conhecimento geográfico, antropológico e científico daquela época e daquele povo. Agora vamos ver sobre o seu poder.
Nesse sentido, o deus dos hebreus teria dependido de uma arca (Gênesis, 6) construída por um homem para não eliminar toda a vida existente. Assim se vê que seu "poder" tinha bastante limite.
NÃO É VERDADEIRO
E quem se vangloria de ser o que não é? É verdadeiro? Na verdade ele estaria agindo como um indivíduo que se gaba de ser o que não é, porque até se arrependeu de ter feito o homem (Gênesis, 6: 6), o que prova que ele não sabia o fim desde o princípio, como dizia.
Mas quando há contradição em "suas palavras", aí é que o ser não pode ser considerado verdadeiro mesmo. Os homens inspirados a dizer a palavra de conhecimento do deus onisciente se contradisseram tanto ou mais do que qualquer outro escritor comum. Onde há contradição, pelo menos uma parte do que é dito tem que ser inevitavelmente mentira. E se uma parte é mentira, não podemos confiar que a outra seja verdade.
Se não só os homens santos, mas o próprio deus e seu filho disseram coisas falsas, tudo mostra que esse suposto deus não é mais digno de fé do que qualquer outro; ele não é mais real do que saci-pererê, lobisomem, mula-sem-cabeça e outros entes imaginários que povoam as cabeças oníricas de muitas pessoas.
Se está escrito que foi ele próprio que escreveu afirmando que a terra está por cima d’água (Deuteronômio, 5: 8), e isso não é verdade, isso não é outra coisa senão o engano (desconhecimento de causa) de quem escreveu a "palavra de deus". Nesse sentido, o suposto deus dos judeus teria o mesmo parco conhecimento de seus seguidores na época.
Se está escrito que do primeiro homem existente até Jesus houve bem menos de cem gerações, e a análise genética mostra mutações ocorridas a milhares de gerações, isso nos dá uma forte prova de que tal palavra sagrada não é verdadeira no que tange ao aparecimento do homem na terra. (Terra)
Se ele "disse" pelos seus profetas que enviaria um "messias" para libertar o povo do poder da Assíria, e só depois dos romanos apareceu um Jesus, que não libertou o povo, apenas prometendo um reino divino futuro, que já deveria ter ocorrido há séculos, se sua palavra se cumprisse realmente, tudo isso não passam também de fantasias dos escritores da bíblia.
Se grande parte do que está escrito sobre esse deus já foi provado ser falso, e nenhum outro dado existe a indicar que ele seja real, não precisamos ter dúvida, mas certeza da sua inexistência. Não há uma prova técnica de que ele não existe, porque tecnicamente não existe prova de inexistência. E se ele não existe, nada indica que exista outro.
