Chove na janela e beijo teu corpo.
Gotas na vidraça não deixam que eu veja direito.
Talvez por isso minha língua deslize sem freios.
São gotas de saliva que contam pingos de chuva.
Muito além um raio ilumina teu púbis. Vejo.
Beijo como o raio incandescente queima a mata.
Beijo teu corpo e responde-me como o trovão ressoante na distância.
Beijo o beijo de tua boca insana. Insana.
Beijo a chuva de teu corpo todo molhado. Insano
Beijo porque tenho que beijar onde beijo.
Beijo...