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cronicas-->EMERGÊNCIA -- 06/05/2014 - 12:46 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Estendeu os braços como se quisesse abraçar o mundo, abraçar tudo que antes desprezava! Seu corpo pareceu leve, limpo e mais branco do que a neve. A alma nova lavada totalmente de sua falta, um coração novo, um homem novo a sorrir com a pureza de uma criança. Sacou a porta de emergência e tentou ficar em pé sobre a asa do avião cuja turbina pegava fogo. Desceria com calma, deixaria o corpo escorregar na horizontal. Alteraria sua aterrissagem de piloto em porta-aviões, para pousar como uma mariposa na jangada de Papyllon. Sem o brevê, sem incorporar-se à Esquadrilha da Fumaça, não poderia fazer um loop diante do olhar atônito de Vannini, senão naquela hora. Em seguida, deu ordens à sua mente: “Fernão, você é uma folha” e deixou o corpo cair, rolar no espelho das águas como uma folha seca tocada pelo vento. A água dura bateu em suas carnes, ardeu como choque em concreto. Não sabia se era capaz de suportar a dor dilacerante. Estava tonto, desorientado. As águas o envolveram. Algas passavam sobre sua cabeça e um camarão com sete barbas de profeta, disse-lhe: “Não queiras ir para Tárcis, quando eu te mandar para Nínive”. Fechou os ouvidos, tapou os olhos e mudou o pensamento. Deixou de lado a as leis da Física e ateve-se às noções de sobrevivência no mar.“Só tente salvar um náufrago, se tiver certeza de que não vai se afogar com ele”. Fernão precisava aplicar tudo que aprendera no curso de aviação sobre acidentes aéreos. Quis gritar o nome de Vannini e não pôde. Tudo estava escuro, muito escuro... Nem mesmo o clarão da aeronave em chamas, Fernão podia ver.

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