Observando o desenho das estrelas,
em uma noite escura de verão
Duas luzes brilham
Fazendo-me lembrar dos teus olhos,
na imensidão do infinito
Contemplo uma cascata de luz
Que parecem teus cabelos dourados,
soltos ao vento
Teu corpo esguio
Movendo-se sensualmente,
mesmo estando parado
Tua voz silenciosa preenchendo
todos os recantos do Universo
O eremita há muito medita,
sobre sua longa existência
Na procura da sabedoria suprema,
tão próxima quanto inatingível
Pois está tão longe de seus olhos,
como perto do coração
O raio que cai do céu,
mesmo sem nuvens
Como uma ira divina,
para romper o muro intransponível
Criação do próprio homem
Para proteger-se,
de si mesmo
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