A flor que forma
Na geografia da fome
É a represa seca sem vida.
A falta da floresta
É a flor que resta
Da geografia da seca.
Onde com sede já brota murcha.
Do alto vê-se a terra depilada,
Com o sol escaldante,
Torrando a chaga que não tem cura.
Chegando a Fortaleza,
A beleza da flor e da natureza,
Força-nos a esquecer o caminho percorrido.
Mas quem tem que voltar de onde partiu,
Terá como maior lembrança
A terra calva e a flor que ainda não surgiu.
|