Quem dera,
Ter o dom da espera,
Não tendo que aguardar mais uma era,
Para poder dominar,
Ou quem sabe ser dominado por esta fera,
Que por coincidências da vida,
Tem o nome de Vera.
Nascestes em plena primavera,
Linda como a perfeição da natureza,
Bela pelas formas de sua beleza,
Encantadora como uma pintura de aquarela.
Viestes de tão distante,
A saudade torna esta cidade uma cela,
O meu castigo torna-se mais imenso,
Ao vê-la tão triste, tão bela.
Volte para sua gente,
Aborte o desejo que ainda sente.
Volte de avião, trem, ônibus,
Ou até quem sabe de caravela.
Insisto em usar a gramática,
Para recordar quem realmente é ela,
Mas de traiçoeira que é a memória,
Já não lembro o nome dela,
Será Marcela, Gabriela, Isabela, Cinderela ...
Não sei se é fera gata,
Ou se é gata Vera.
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