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Infantil-->TUFI, O ELEFANTE EQUILIBRISTA -- 12/10/2004 - 22:01 (Welington Almeida Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TUFI, O ELEFANTE EQUILIBRISTA
Welington Almeida Pinto

NUMA LINDA manhã de verão, o elefante Tufi tomava banho na Lagoa dos Bichos, quando sentiu uma leve bicada na orelha. Era Clin-Clin, o beija-flor, que acabava de chegar.
- Oi!... Tufi, tudo bem com você? – pergunta o beija-flor.
O elefante ergue a tromba, todo risonho:
- Sim. Tudo bem comigo.
- Novidades?
- Tenho. Voltei a ensaiar um espetáculo que apresentava no circo.
- Qual?
- O número das garrafinhas. Ainda consigo me equilibrar em cima de
quatro garrafas de madeira, acredita?
- Devem ser uns garrafões bem robustos para agüentar seu peso, não?
- Não, garrafinhas. Assim... Assim... do tamanho de uma de refrigerante.
- Nossa!... E suportam um animal tão pesado?
- Claro, amigo! Isto é uma questão de inteligência e de habilidades.
O beija-flor balança o rabo, num gesto de desconfiança. E afirma:
- Só vendo para acreditar.
Radiante, Tufi entope a tromba de água e esguicha tudo no seu corpo. O beija-flor quase morre de tanto rir ao ver a graça daquela massa gorda se banhar. Depois, com a tromba em pala, protegendo os olhos do sol, o elefante chama o passarinho para ir até o pátio, onde ele treina o número circense. Chegando lá, Clin-Clin fica espantado com o tamanho das garrafas:
- Santo Deus!... Continuo achando que são pequenas demais para suportar seu peso!
- Engano seu. Garrafa entalhada obedecendo à fibra da madeira, em pé, sustenta até mais do que um elefante, mesmo que pequenina assim - esclarece Tufi.
- Boa explicação. Mas ainda não estou totalmente convencido.
- Vou provar a você!
Clin-Clin, cheio de dúvida:
- Acho que bicho desse tamanho deve manter as patas no chão, é mais seguro.
- Ah, é?... Não se preocupe, no picadeiro sempre fui muito bom nesse quadro! - esnoba Tufi.
- É o que vamos ver.
- Você assistirá a um belo espetáculo!
Na floresta não faltam espectadores para observar o elefante treinando seu número circense. Basta chegar ao pátio que aparecem os bichinhos da redondeza: alados, da terra; até mesmo os curiosos que passam no momento. Os seletos espectadores logo se espalham pela ramaria, acocorando-se nos barrancos ou nas pontas das pedras; cada um disputando palmo a palmo um bom lugar avistar o show.
A tarde continua agradável, apesar do calor. O céu muito azul e calmo; se algum galho de árvore balançava, o motivo era outro: ranhetices entre passarinhos ou sagüis acostumados a criar caso por lugar privilegiado para espiar do melhor ângulo.
Tudo pronto para começar, cada garrafa no seu lugar. Tufi passeia o olhar pela platéia, faz pose de artista e anuncia:
- Respeitável público!... Vamos dar início ao magnífico espetáculo
Os bichos ficam caladinhos, atentos e uma vista comprida, pregada nos pés do elefante. Tufi apruma o porte e começa fazendo um S caprichado com a tromba. Depois, com a destreza surpreendente em um animal tão grannnnnnnnnde..., suspende uma das patas dianteiras e a coloca sobre o bico da primeira garrafa na sua frente. Em seguida, com a mesma habilidade e elegância, põe a outra sobre a segunda, concluindo a primeira parte da exibição
A platéia delira, aplaudindo. O paquiderme agradece, balançando a tromba várias vezes. E continua:
- Senhoras e Senhores!... Silêncio... Silêncio... Agora, a parte mais difícil!
Ninguém pia. Nem grunhe, nem crocita. Os bichos espicham o pescoço para admirar melhor a cena. Mais cuidadoso ainda, o elefante pousa uma dos pés traseiros sobre o bico da terceira garrafa e, em seguida, completa o número. Do alto das garrafinhas, ele grita:
- Viva o circo! Viva a alegria!
Os espectadores aplaudem calorosamente. Clin-Clin, de bico caído, aproxima-se do companheiro, admirado:
- Nunca vi um espetáculo tão legal!...
- Obrigado, amigo.
- Aposto que, com esse talento, vão contratá-lo de novo para um circo.
- Quem sabe, não é? Então vamos comemorar tomando banho na lagoa.
Com a mesma agilidade, o rugoso animal desce das garrafinhas. O beija-flor voa para uma de suas orelhas e os dois voltam a se banhar na lagoa, acompanhados pelo cricricri metálico de uma revoada de grilos e de todos os bichos que viram a apresentação do elefante.
Na transparência da água, onde os raios de sol deitam faíscas de prata, Tufi se diverte. Enche os olhos e o coração de encanto pelo colorido da natureza brasileira.


CONQUISTANDO A LINGUAGEM
Atividades
Responda em folha anexa:
1) Existem ou já existiram elefantes nas selvas americanas?
2) Você já viu um elefante ao vivo? Em um circo ou em um Zoológico?
3) E beija-flor, qual o país onde há maior número de espécies?
4) – Como você acha que Tufi foi parar nas selvas brasileiras?
5) Conhece outro elefante famoso? Fale sobre ele.
6) Por que Clin-Clin ficou com medo de um elefante subir em garrafas?
7) Se as garrafas estivessem deitadas suportariam o peso do elefante?

PARA A PROFESSORA:

REFLEXÃO: Os gostos são transitórios, mas as honras são imortais. A magia de um bom espetáculo circense enche nossos olhos de alegria e acaricia nossa alma (Pítaco)
MOTIVAÇÃO: converse sobre o Mundo do Circo. Visite um circo no horário de ensaio.
Vocabulário: selecione verbetes desconhecidos e oriente os alunos a consultar o Dicionário
Educação Ambiental: Fale com os alunos sobre as florestas brasileiras. Por serem tropicais, não abrigam animais de grande porte, como elefante, rinoceronte e outros animais que vivem na África e na Ásia.
Fale sobre os fósseis de mamute encontrados em sítios arqueológicos no Brasil, principalmente na Bacia do Rio São Francisco.

GÊNERO: aventura.
TEMAS TRANSVERSAIS: ética: sonhos, desejos e fantasia – relacionamento de animais de outra espécie. * Geografia e Ciências: espécies animais e vegetais do Brasil. * Português: diversidades das línguas e dos costumes. * Pluralidade cultural: o circo através dos tempos.

* PCNs: história de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação, certificada pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação Infantil e Fundamental da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, conforme ofício nº 39/02, de 22 de janeiro de 2002.

** FBN© 2004 * TUFI, O ELEFANTE EQUILIBRISTA - CATEGORIA: CONTO INFANTIL

*** Welington Almeida Pinto é escritor. Autor, entre outros livros, de Santos-Dumont, No Coração da Humanidade e A Saga do Pau-Brasil. Ver a relação de seus livros.

Sites:
www.welingtonpinto.kit.net ;
www.ieditora.com.br ;
www.legislacaobrasileira.kit.net/condominio ; www.educacaoemfoco.kit.net/artigos

Blogs:
* CASA DOS CONTOS:
www.casadoscontos.blogspot.com ;
* HISTÓRIAS PARA SOLTAR A IMAGINAÇÃO NAS ESCOLAS: www.mundodacriança.blogspot.com ;
* ARTIGOS E REPORTAGENS SOBRE A EDUCAÇÃO E CULTURA: www.educacaoemfoco.blogspot.com ;
* EU, WELINGTON:
www.welingtonpinto.blogspot.com
* POEMAS PARA COMPREENDER A VIDA:
www.artedaspalavras.blogspot.com/
* CONTOS PARA EROS:
http://www.contosparaeros.blogspot.com

Emails: welingtonpinto@yahoo.com.br e welingtonpinto@oi.com.br

o8.março.2005


Comentários:

Caro Welington,

seu texto é doce, tranqüilo, não apresenta embaraços de leitura e compreensão. Deixa-se conduzir, eu diria. Não apresenta os grandes impactos dos textos modernos em que, a cada reviravolta surge o inusitado. Mas não é um texto totalmente previsível, uma vez que minha expectativa era de que o Tufi acabasse falhando, uma vez que se mostrava muito senhor de si, desde o princípio. Portanto, você consegue criar um clima de ambigüidade muito saudável e encerrar o texto na maior naturalidade. O melhor do meu carinho
Prof. Marlene Barbosa/Assis
.

Welington,
Li o novo TUFI, O ELEFANTE EQUILIBRISTA
e amei. Está um mimo. Tem momentos de pura poesia.
Agora quero vê-lo ilustrado, bem colorido, uma
gostosura de livrinho. Imaginei a
histórinha muito colorida, cheia de bichinhos e com
umas paisagens de arrasar. Um abraço papai Tufi, seu bebê é lindo.
Prof. Luciete Barros/UFB/Caetité


Welington, gostei muito! Muito bem escrito!
Linguagem respeitosa com as crianças. Sem aquelas "facilitações" que os autores infantis sempre acabam por cometer. Parabéns, o seu texto “Tufi”é muito bom! - Prof. Socorro Acioli/Fortaleza


Welington,
... Uma graça o seu conto. Amei o nome "Tufi"! A historinha é de uma delicadeza magistral. Parabéns!

Escritora Geórgia Borin



Welington,

... Gostei de sua história: Tufi. Acredito que, com minha experiência nessa área, trata-se de uma história para alunos da 1a. e 2a. séries do ciclo I. Ótimo! Muito bom! Boa sorte! - Prof. Dorisday Lemos/São Paulo.


Welington,

... Li com interesse e prazer a sua história do Elefante!! Achei ótima, estilo e tudo. Parabéns pelo seu trabalho! - Prof. Aline Maria Agnelli/Porto Alegre

Wellington,
... Posto-me impressionado com seu texto na história de Tuf, bem como com a sua linha de raciocínio. Concordo com o abrasileiramento, bem como com a valorização do que é nosso. Sabemos nós que a base da sociedade é a educação, seja ela a de casa ou da escola, da rua, ou de onde quer que se busque, serão elas que determinarão o caráter e os valores do futuro cidadão. Eu como um bibliotecário em vias de formação, e também pelo fato de já ter trabalhado numa grande livraria aqui de SP, visualizo perfeitamente o que pensa. Prossiga nessa! Precisamos de literatura infanto-juvenil de qualidade, principalmente as voltadas aos nossos valores! Abraço, Prof. Jonatas Rodrigues/SP

Welington,
... Ao ler seu texto fiquei primeiramente surpreso com suas idéias e logo depois com a bela simplicidade mágica como o texto do Elefante é tratado. Aprovo e encorajo toda e qualquer ação que vise melhorar o nosso ensino ou enriquecer as mentes de nossas crianças frente a língua tão maravilhosa que é a nossa língua portuguesa. Parabenizo pela iniciativa e dou total apoio para que prossiga com seu divino trabalho, que mesmo frente as dificuldades que nosso país se encontra, seu valor pode ser percebido nos olhos e atos da juventude. Prof. Alkaiser Assis Brandão/Curitiba


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