Meigo Rubenio
Que indescritível alegria ler teu livro “ESTIGMAS DO TEMPO”.
Imediatamente, comecei a saborear tuas idéias poéticas que tão galhardamente transformaste em palavras.
Doces palavras...
MELANCÓLICAS em “Fragmentos de mim”:
“E eu, em cisalhas de tormentos,
Tento juntar meus fragmentos
E adiar o meu suplício!”
FACEIRAS em “O tempo e o templo”, em que brincas com o “t”, na aliteração abundante do “ti-ti-ti”...
PREMONITIVAS em “Admirável homem novo”, do qual já fiz comentário anteriormente.
TRANSCENDENTES no “Insólito prelúdio”:
“Dos sonhos que tive
Sairei leve, livre
De tudo que fiz
Qual corcel feliz
Na imensidão
Além de Plutão
No Planeta X”
ACALENTADORAS nos “Exercícios de liberdade” (todos):
“Se em harmonia anoitecemos
E, a cada dia, transbordamos paz...”
(Momentos Sublimes – lindo – !)
“Nunca se detenha no caminho
e, qual passarinho,
voe, sempre buscando paz!...”
(Liberdade)
“O desânimo é a herança dos covardes
Que não possuem sonhos nem ideais.
É a incerteza no final das tardes...”
(A coragem e a sorte)
“Se somos livres, o mundo é pequenino
Nossa graça esplêndida, sobrenatural;
A vida, uma canção suprema, divinal.
(Hino à liberdade)
“Ser livre é recriar
intensas aspirações,
deixar desabrochar
os sonhos e emoções...”
(Ser livre)
ARREBATADORAS nos “Louvores ao Senhor”:
“Nos belos acordes de uma melodia
E nos versos singelos de minha poesia,
Tu és harmonia, és a inspiração!”
(Presença Divina)
“JESUS, NOSSA FORTALEZA”
Este tocou-me de perto. Puxa... Conseguiste “sonetar”, jogando com as palavras, a força do Salmo 91 (meu predileto), do qual fiz, recentemente, uma “versão moderna” e tenho-a publicada na Usina (já leste?).
Caríssimo Rubito (resolvi dar-te este apelido, pela raiz da pedra preciosa "rubi")
Se eu fosse comentar, em detalhes, a emoção que tive, a cada verso teu, acabaria por fazer um livro...
Por isso, apenas quero terminar, destacando a tua maestria na “pena poética”... Com que nobreza exaltas a cultura popular:
“E tudo é sabedoria de um povo;
Flama ardente emanada de renovo
Que habita nosso espírito brncalhão.”
(Nobre populário)
Em “Sabedoria popular” busca, novamente, no SONETO a expressão, tão afável e despretensiosa, daquele que sabe o que faz e vai, sem receio, “desarrojar” essa forma clássica de versejar.
Que mais posso dizer-te?
Que, com a mesma destreza e simplicidade que falas da riqueza do Nordeste, apregoas o amor... O mar...
“Flutuando com as gaivotas lado a lado...
Crescendo altivas, num bailado!”
Em suma:
É beleza muita, para comentar de uma só tacada...
Mas, preciso ressaltar algo que me tocou em especial:
“ELOS PEQUENINOS”
Esse poema, dedicado a teus filhotes, dispensa comentários... Apenas, ouve a voz de meu coração, que não vê limites, nem fronteiras... Pois os poetas se encontram num espaço de tempo, inimaginável, que só a eles é permitido adentrar...
Beijos!
Milene
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