CORPO
Quando estás assim,
sobre o meu corpo estirada
e exausta das traquinagens do amor,
fico alisando de leve tua pele alva
e imaginando que estás a esperar
que tua alma de novo se acomode ao corpo
depois de ter voado tão alto
(pois a hora do orgasmo
não é quando a alma levanta voo
e sai do corpo
para habitar o infinito
para, depois, retornar
e assumir seu lugar, novamente,
no interior do corpo instalada?).
E então,
após breve descanso,
meus carinhos ficam mais intensos,
sentes minhas mãos com massagens outras,
e vou puxando seu corpo
(lá dentro a alma estremece)
para junto do meu corpo,
e vendo que também tens desejo,
proponho:
"Vem, meu amor,
vamos dar asas à alma".
MAURO VELASCO
"Saber que sou teu amor, já basta."
Valentina Fraga
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