Solitário e egoísta
Eu chorava por mim mesmo
Sonhava com um anjo que não vinha
Percorrendo um abismo de tormentos
Esperando como um náufrago numa ilha
Monologava incertezas, medos, e outros mil sentimentos...
Hoje, o amor dividiu em dois o meu peito
Amor incomum, mas imenso!
Misto de carinho e tesão intensos...
Tudo isso, faz com que uma vontade voraz
Consuma cada vez mais, os segundos dos dias e das noites
Enquanto insone, imagino mãos desejosas, mas doces,
Percorrendo-me o corpo inteiro
E beijos tão aguardados, que sinto meu corpo molhado,
Como se uma boca invisível o tocasse
E minha boca abre-se esperando por um gosto que não vem
O gosto amor, que só a sua boca tem...
Marcel de Alcântara
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