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Cronicas-->CAPITÃO MIKE -- 02/08/2014 - 11:55 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O GOL DO CAPITÃO MIKE

Marcelino Rodriguez


Naquele tempo, não era como hoje em dia, que passamos invisíveis pelas ruas,
perdidos entre mercenários e burocratas. A gente tinha vizinhos, nome.
Até coração a gente tinha. A gente era gente mesmo, de verdade.
Com crises, com estórias.
Vocês sabem, meu padrasto, o capitão Mike, era marinheiro.
Ele me dava massagens no peito com vick vaporub, quando eu tinha crises de bronquite.
Capitão Mike uma vez foi fardado pagar uma promessa no Cristo Redentor, levando-me junto.
Batemos fotos lá no alto e nos firmamos como uma família poderosa.
Nunca perguntei, mas acredito que capitão Mike apoiava a ditadura, porque nunca o vi reclamando do governo. Eu também não reclamava de nada, porque os perdizes caiam no meu prato e no fim do ano, o capitão me enchia de brinquedos.
Naqueles tempos já quase em preto e branco, no fim do ano, se organizavam
as peladas entre solteiros e casados. Com o empate no tempo regulamentar, a decisão
foi para os pênaltis, para saber quem levaria o troféu.
Chegou a hora do pênalti do Capitão Mike. Eu estava tenso.
Ele era meu herói. Acho que se ele perdesse aquele gol,
eu nunca seria nada na literatura, nem conquistaria mulheres.
Seria, como ele dizia, um "bolha dagua".
Ele foi para a bola calmo, majestoso, clássico,
quase autoritário. O goleiro pulou em vão.
Todos vibraram e na minha memória vejo papéis picados.
Orgulhoso, vibrei como vibram os meninos.
Aquele gol mostrou-me que mnha vida era coisa forte, mitológica.

31/07/2014.
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