A imagem que vejo é Linda...
Dois corpos inertes depois do gozo
desprovidos de alma,
pois que ainda vagam em algum lugar,
até que possam novamente se encontrar.
A pele alva, mostra um brilho suave e suado,
das tantas repetições.
Seu rosto admira perplexo
nossa imagem no reflexo.
Seria quase uma pintura ali retratada.
Nossos corpos,
nossas vidas,
numa tela emoldurada.
E a luz que ilumina como a lua,
bem como a imagem formada
não vem do céu,
ela vem do teto com espelho
de um quarto de motel.
Valentina Fraga |