Caminho...
Escuto o vácuo do infinito
O som de um deserto frio
O eco mudo da quietude absoluta
A melodia silenciosa do vazio...
Não defino o que escuto.
Ouço o silêncio?
Ou será que escuto Deus!?
Vejo o que meus olhos não alcançam
Algo me olha, me observa, me vigia
A amplitude do espaço me interpreta
Por uma nesga, entre nuvens, me espia...
Não sei o que vejo.
Que olha os olhos meus.
Vejo o invisível?
Ou será que vejo Deus!?
Algo me fala, sem dizer uma palavra
Me vê, sem ao menos me olhar
Tenho certeza que acompanham meu andar...
Não defino o que sinto...
Sinto o insensível?
Ou será que sinto Deus?
O que, ouço, vejo e sinto?
O que me decifra com tanta força viva?
Me olha, me vê, se faz presente...
Não defino o que percebo.
Há uma presença que acompanha atos meus!
Percebo o intocável?
Ou será toque de Deus!?
Caminho...
Como se estivesse sendo visto...
A cada gesto. Que me proponho a fazer,
Tenho o zelo de quem corre algum risco!
Caminho... Só?
Ou será junto de Deus!?
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