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cronicas-->Pra mó de falar a nível de -- 29/05/2001 - 03:46 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu estou aqui pra mó de papear, de buscar eco em alguma parede. Tem-se tornado tão difícil conviver com a abundància de carências, de falta de afeto, de atenção, de necessidades de lustrar egos. É tanta gente precisando aparecer, buscar grana e espaço a qualquer custo, a qualquer preço, que o papo mais "cult" que eu consegui nos últimos dois meses foi com o quitandeiro. Divagamos sobre a qualidade do abacate-manteiga que ele vendia a três por dois reais. O que houve com o planeta? Só nasceu porcaria de 60 pra cá? Salvo raras exceções.
Aí o diretor de empresa, em excursão a algum pantanal do nosso Brasil, pergunta ao caboclo: - O que o senhor faz a nível de sobrevivência? E o caboclo responde: - O senhor veio aqui pra mó de beber ou conversar?
Enquanto o caboclo preparava, com paciência e aprumo, um cigarrinho de palha, pra mó de criar clima, o doutor já fumava o quinto cigarro light, e segurava a ardência no estómago, louco para tentar questionar a cara feliz do caboclo. Queria saber como ele conseguiu aquela prole sortida, se ele não fazia nada a nível de manutenção da potência.
Perguntado, o caboclo respondeu: - É que aqui a gente não deixa macho enfiar o dedo no xibiu, pra mó de ver se tem coisa podre lá dentro.
O doutor ajeitou as hemorróidas, e deu uma baforada, a nível de fingir que nunca fizera tal coisa.
- E como vocês aguentam das nove até meia-noite sem TV? O que fazem a nível de passar o tempo?
- Olha, doutor, a gente, pra mó de passar o tempo, fica fazendo cosquinha, um no cangote do outro. O doutor faz cafuné no cangote da madame?
- Bem, a nível de sexo a coisa anda ruim entre a Clarinha e eu. Ela precisa entender que depois de um dia estafante não dá pra ser garanhão. Tudo que eu quero é um banho e um copo de uísque.
- Ara, e a madame fica fazendo o que nos entretantos?
- Ela fica navegando na Internet. Coisa de computador, que vocês não entendem por aqui.
- E a tar de Internet faz cafuné nela? Porque mulher não dorme direito se não tiver um chamego bem dado.
- Você faz sexo com sua mulher toda noite?
- Mas ara, e ia fazer o que pra mó de dormir despois?
- Mas faz todo dia? Ela não reclama?
- Reclama, mas só quando eu faio no tiro.
- E isso acontece com frequência? Eu digo a nível de trepadas/mês.
- Oia, doutor, aqui a gente cuida bem das muié, porque elas cuida bem da gente.
- Tem mais daquela pinga?
- Tem, mas depois de uns três o doutor vai ficá meio arisco. Carece de tomar cuidado, senão a vaca vai pro brejo.
- Me arruma um duplo, com direito a replay. Preciso tomar todas, pra mó de entrar numas.
- Mas assim o doutor vai ficar mar, a níver de encarar a Hortência.
- Quem é essa Hortência?
- É ela que afia nosso instrumento por aqui, pra mó de ficar tinindo.
- Eu não trouxe preservativo, não vai dar.
- Vai dar sim, mas se o doutor só se apruma assim, ela vai recusar.
- Mas por que? Ela não tem medo de pegar AIDS?
- Ara, ela vai é troçar com a cara do doutor.
- Pra mó de que ela vai troçar comigo?
- As moça daqui não usam essas coisa, a níver de copulá.
- Acho melhor eu voltar pra casa. A Clarinha deve estar preocupada.
- Também acho. O doutor tem trabuco dos bão?
- Pra que? A violência não leva a nada, e por que motivo eu preciso de arma?
- É que, pra mó de encerrar o assunto, o doutor tá precisado.
- Eu não reajo a assaltos. Deixo levar tudo.
- A níver de falá a verdade, o doutor é um cornudo.
- Hortência!








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