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Cartas-->ENCERREM O AMOR -- 13/10/2007 - 10:01 (Daniel Viveiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha cara leitora, não tenho a intenção de entender ou explicar nada. Falta-me ânimo e são caras as horas que me restam de fé solitária nas ruas e largos desta cidade. Como um sacerdócio, mais com dor que ventura ou pendor, minha doação é pessoal e instransferível e pertence aos deuses que neguei na infância. De qualquer modo, cara amiga, para que não se decepcione totalmente ante meus esquivos argumentos, segue abaixo o texto cujo título é seu, ao qual esforcei-me, mesmo que tibiamente, pela fidelidade e oferecimento de sua proposta. Se não vai a contento, deve-se ao fato de talvez o fardo de escrever nestes dias de grande mudanças têm em mim o demasiado peso das despedidas, assim como não aspiro à reinvenção da prosa ou a parafrasagem do que se escreveu sobre amores perdidos. Talvez, como canta Tom Zé, meus subterfúgios sejam como um “te explicando para te confundir. Ou te confundindo para te esclarecer....”. Por enquanto, posso somente descrever o amor, como me pede, como um sentimento que, sendo grande, faz de nós pequenos; ou nos faz grande, sendo nós pequenos.
Forte abraço
Daniel Viveiros



Retenham o amor!
E ponham suas múltiplas faces a ferros.
Julguem-no pelas promessas de oferecimentos aos inocentes
e como agravante reúnam os atos desmedidos que foram cometidos em seu nome.

Que sejam perdoados os corpos sem antecedentes
e as desvairadas afirmações das entregas.
Que a ele sejam imputados os desenganos e os sobressaltos dos que se desiludiram e lhe restam distâncias!


Condenem o amor!
Este que indiferente passeia como fatalidade impropriamente humana,
e eleva ao pedestal dos imensos limites o que era pobre e finito,
e tem como pouco os desencontros das malfadadas entregas.

Prendam o amor!
Delatem seus difarces!,
descerrem as fantasias de seus artifícios nos olhares ingênuos,
protejam os incautos de seus oferecimentos de esperança e infinitude!

Silenciem os poetas, arautos de falsa modéstia, ludibriadores dos pacíficos de coração!

Encerrem o amor!
Declarem aos que ouvem serem suas palavras suaves a tempestade verdadeira no espírito.
Calem as músicos, pois eis que mancomunaram-se com os sentimentos,
e a cumplicidade dos sons disfarçou-se na face imprudente do brilho,
como imagem alheia inscrevendo-se à revelia da dedicatória,
como tristeza futura ainda não compreendida.

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