Bom dia, gente!*
No meu local de trabalho, há colega muito trabalhadora e responsável. Ocupa cargo de chefia há quase 40 anos, e tudo faz para atender bem a todos que a procuram.
De manhã, quando chega, diz em voz alta e bem audível:
- Bom dia, gente!
Ninguém responde, exceto um senhor sexagenário, com muitos anos de serviço, que procura retribuir a gentileza:
- Bom dia, fulana! Que Deus abençoe o seu trabalho!
Em face disso, fico pensando: será que somente ele é gente ou será que os outros não a ouvem?
A primeira hipótese não vingaria, porque, salvo melhor juízo, todos são seres humanos.
A segunda hipótese não teria lugar, porque todos trabalham numa empresa rigorosa com a seleção de pessoal, que faz, inclusive, todos os exames admissionais devidos e, depois, no decorrer das atividades laborais, providencia todos os periódicos exigidos por lei.
Fica, porém, uma terceira hipótese, que não foi cogitada; no caso, o leitor poderá, a seu bel-prazer, criar e desenvolvê-la.
* Brasília, DF, 04/12/2014. |
