Estico a rede na árvore do sonho,
eu me recosto... olhando para o céu.;
sinto a brisa brincando em meu rosto,
o fim de tarde tem a leveza de um véu.
Nuvens se desenham,
vão formando travesseiro para o sol,
o vermelho do ocaso se derrama,
esparrama sua cor como lençol...
O sol se espreguiça...
boceja seus fulgores pra dormir...
por uma frincha, a lua quase branca,
espia... se arrumando pra sair,
enquanto uma andorinha pelo vento,
bica uma estrela que surgiu...
(tenta levar um pouco do brilhante,
ao filhote que do ninho não saiu)
Desce uma névoa leve...
A melodia do crepúsculo faz-se ouvir,
O ziziar das cigarras cumprimentam,
a lua... que acaba de sair...
É noite... estrelas brilham...
Fecho meus olhos, retendo o que assisti,
um sono sonho, refaz como mensagem,
a mesma imagem dessa Paz que eu senti...
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