Usina de Letras
Usina de Letras
80 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62236 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50634)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140808)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6191)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->As duas facetas de Greenhalgh -- 18/09/2003 - 10:27 (Don Pixote de la Pança) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Impedido está o sr. Greenhalgh



http://www.primeiraleitura.com.br/auto/entenda.php?id=2370



Em vez de olhar para a sua própria cozinha, o deputado sai moralizando a cozinha alheia. A acusação de suspeição que ele faz contra Corrêa é absurda e soa apenas a mais uma das muitas tentativas dos petistas de pôr o guizo no pescoço da Justiça.



Muito bem. Que outros não digam, dizemos nós: a ética, e não a lei, impõe ao deputado Greenhalgh (PT-SP) que escolha o seu papel: ou bem ele escolhe a sua condição de presidente da mais importante comissão (a de Constituição e Justiça) da mais importante Casa do Legislativo ou bem opta por ser advogado militante de uma causa de claro viés político. A suspeição que ele aponta em Maurício Corrêa está, em verdade, nele próprio. Qual é a isenção deste senhor para conduzir o debate sobre o parecer constitucional de uma emenda que tenha relação com a questão agrária no país? Nenhuma.



Em vez de olhar para a sua própria cozinha, como recomendava o poeta Gregório de Matos já no século 17, sai moralizando a cozinha alheia. A acusação de suspeição que ele faz contra Corrêa é absurda e soa apenas a mais uma das muitas tentativas dos petistas de pôr a Justiça contra a parede, querendo obrigá-la a julgar segundo o clamor dos setores organizados da sociedade. A mesma trilha perseguiu há dias o próprio presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). E o que disse Corrêa? Que um juiz deve ser livre para julgar segundo o que a sua consciência entende do aparato legal. Ora, que outro critério o sr. Greenhalgh gostaria de ver a presidir um tribunal, um júri?



Vai mal a cultura jurídica no país, muito mal... Segundo as palavras que disse, não há absolutamente nada que impeça o juiz Maurício Corrêa de exercer plenamente a sua função constitucional. Suas palavras, na verdade, nesse caso em particular (e olhem que já censuramos o ministro aqui em outras circunstâncias...), são de uma correção a toda prova: que o juiz julgue segundo o que lhe faculta a Constituição. O STF, como corte que pode revisar sentenças, permanece na plena vigência de seu direito.



Ah, mas aí entra em curso uma outra operação: aquela que, dia após dia, pretende jogar a sociedade contra a Justiça. Irmanam-se, como se vê, no mesmo intento do Executivo, agora, figuras de proa do Legislativo. Não! Quem está impedido de exercer a dupla militância — impedido pela ética, insiste-se — é o deputado Greenhalgh.



Vai mal a cultura jurídica do país. Muito mal. É sintoma clássico de hipertrofia do Executivo...



Reunião



Fazem muito bem o bispo dos sem-terra e as lideranças do MST em procurar o ministro da Justiça para que tome medidas contra a violência no campo. Nada, nada mesmo, justifica o confronto armado. E tomara que o ministro siga o que eles pedem. É verdade que, dentre as medidas pretendidas, certamente não está o cumprimento da MP 2.183, aquela que o governo ignora solenemente e cuja não aplicação Thomaz Bastos já classificou de “acomodação tática” ou procrastinação parecida.



Em suma, soa algo hipócrita que um movimento dado a ocupar agências bancários, prédios públicos, propriedades alheias e a assaltar caminhões com víveres, tudo ao arrepio da lei, vá agora ao ministro pedir rigor no cumprimento da lei. Mas nunca é tarde.



Com efeito, a maior parte dos atos violentos no campo deriva no não-cumprimento de leis, não é mesmo?”







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui