Soneto à minha pequena alegria*
Não se esconda em teu rosto o teu sorriso,
Mas se espalhe na luz do teu olhar,
Iluminando todo o meu lugar,
Que é tão escuro sem o teu avisto.
E se esta rosa precisar de quem
A trate, para então desabrochar,
Não será minha vida nada além,
De em teus lábios, descampo, a semear
Cultivar em teu olhos, sonhos doces,
Como uma linda flor, como se fosse!
E colher em tuas mãos, os teus segredos.
Linda flor, não de pólen, mas de alma.
Germinar minha palma em tua palma,
Cultivar os meus dedos nos teus dedos.
*para Letícia Cuzziol
Rogério Penna
set./01
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