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Cronicas-->A saga do batizado -- 31/03/2015 - 08:54 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A saga do batizado

Aroldo Arão de Medeiros

Quem sou eu para discorrer sobre a Igreja Católica. Logo eu que fui coroinha, membro da Legião de Maria, do Grupo de Jovens da igreja e auxiliar nas leituras da missa. Eu que hoje sou Católico Apostólico Romano relaxado. Mas, mesmo assim não me furto de mostrar o que aconteceu com uma amiga.
Vou encurtar bastante a história. Nem vou dizer que ela perdeu a mãe muito cedo, quando tinha apenas nove anos. Também me nego a contar que saiu cedo de casa para tocar a vida, pois com família muito grande precisava trabalhar para se sustentar e ter uma situação melhor. Saiu de casa com dezesseis anos e foi para a cidade grande, ser independente. Conquistou logo seu objetivo, já que era e ainda é trabalhadora, sem medo de ser feliz.
Na época certa encontrou o príncipe encantado, que de príncipe só tinha a coroa que era sua mãe. Juntaram os trapos e tiveram três filhos. Ele era engenheiro civil recém formado. Com muito esforço e com o apoio da amada venceu na vida. Também não vou falar, mesmo que tenha uma arma apontada para mim, que ela é bonita e que seus filhos da mesma forma a imitaram, sendo hoje os jovens mais belos da redondeza onde moram. Os pais deram tanto apoio aos filhos que a mais velha está se formando em medicina e a outra logo se graduará em arquitetura. O outrora garoto ainda não fez vestibular, mas com certeza irá passar porque tem as melhores notas do colégio.
De agora em diante prometo que registrarei a história pelada e não cozida, aliás, nua e crua.
Ela, embora não praticante, era espírita. Religião que herdou do pai. Fez amizade com uma vizinha que tinha a mesma idade. Essa moça queria porque queria que o menino mais jovem quando completasse 9 anos fosse batizado. Foram até a igreja, que o menino frequentava vez ou outra, conversar com o padre. A decepção foi grande quando recebeu a negativa de realizar o sacramento porque ela não era católica e também não era casada no religioso. Correram para outra paróquia e o pároco, tão jovem quanto o anterior, se negou também. Deu bronca na minha amiga e as reprimendas faziam-na chorar perante o representante de Deus na terra. Quanto mais chorava mais ele alterava a voz em volume e desaforos.
Estavam quase desistindo quando a amiga lembrou-se de um padre bem velhinho que era vigário numa igreja que distava sessenta quilómetros de onde moravam. Soube também que o padre era uma pessoa muito boa, bem religioso, amigo da comunidade, quase um santo. Foram ter um entendimento com ele e logo expuseram tudo, detalhes da vida em família e a vontade que o filho se tornasse católico. O padre aceitou com muito prazer e, quando indagaram se ela e a futura comadre teriam que fazer o curso de batismo, acenou que dependia delas. Ele não imporia, e se fosse a vontade das mesmas, ele mesmo se disporia por três noites a falar-lhes sobre o significado do sacramento para a vida cristã.
Fizeram questão de fazer o curso. A comadre, com a grande amizade que nutria por ela, convenceu-a a batizar também as duas garotas mais velhas.
Cada um tem o rebanho que alimenta e dá atenção. O que não cuida de seu rebanho e não o alimenta vai perdendo uma por uma as ovelhas.
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