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Humor-->Louvação da culinária inglesa, ugh! -- 25/11/2008 - 23:28 (Fernando Werneck Magalhães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gordo confesso que já fui, ainda tenho, todavia e por vezes, recidivas - como anteontem, quando contornei uma depressão entupindo-me com um vasto quilo de chocolate - e visito a cozinha, pois ainda não avancei o suficiente na senda espiritual a ponto de conseguir abster-me por completo de alimento, como na piada do cavalo do inglês. De novo, e com razão mais do que suficiente, hesito – e, por força das circunstâncias, decido seguir em frente!

De fato, vez por outra exagero e, por isso, no passado engordei. O que, portanto (digo, entretanto, pois estou no Brasil e não na França), não deve constituir motivo de surpresa –nem para mim, nem para os meus leitores. Não precisaria eu, de fato, ter alcançado o nível de “arhat” ou “bodhisatva” para conseguir sobreviver com ração de passarinho. Bastaria ter-me tornado inglês. Só que em sentido diverso do referido no parágrafo mais-que-pretérito (que, aliás, não ficou tão longe assim). Explico-me a seguir.

Isso pru-mó-di-quê a comida inglesa é incontestavelmente horrível, o que inclusive os seus próprios nativos reconhecem - e curtem. Não por outra razão, existe, em cada esquina de Londres, um restaurante compensatório, onde entro diariamente exigindo que me sirvam comida indiana ou chinesa, ainda que farjuta! Ou seja, restaurante inglês só nas Ilhas Britânicas! Além-mar, jamais. Isto é, não existe! Culpa de quem, se há?

Conseqüência – ou externalidade positiva: o pragmático e bem educado (pois suas escolas públicas são privadas, e eu, limpo!) povo inglês já se encontra plenamente preparado para viver tão-somente de vitaminas, senão de bioquímica. O que, como descobri recente, constituiria um saudável hábito búdico, pois, muito além de poupar a natureza, também não a poluiria com resíduos – de natureza vária. E aí a imaginação de cada qual que complete o meu “innuendo”, pois eu detesto o naturalismo dos filmes americanos.

E tem mais: falo sério e compartilho com os ilhéus bretões o seu estóico desprezo pelo prazer alimentício. No meu caso, isso se deve à questiúncula de uma analogia. Com razão, há quem garanta que muito lucrariam as pessoas procurando apreciar o trabalho que fazem. Tipo: quem ama o que faz, não trabalha nunca! Autor: meu tio tibetano.

Trazendo essa sabedoria para a cozinha, afirmo em alto e bom tom: por questão de consciência ecológica e regime severo, procuro amar tudo que como (com gergelim e azeite extra-virgem), ainda que não possa comer tudo que ame, pois, ateísta-atleta, sigo, religiosamente, ordens de Ordens Secretas do Vaticano! Acredite quem puder!









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