Usina de Letras
Usina de Letras
161 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62225 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50620)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Nós da imprensa -- 22/09/2003 - 17:07 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nós, trabalhadores do ramo de comunicação, não raro somos apontados por parte da intelectualidade como fantoches de interesses políticos e econômicos que estão bastante distantes do ideal da ética e da moral.

Não é sem motivo. No momento em que se discutem mecanismos de regulação(diferente de regulamentação) da imprensa e da propaganda no Congresso Nacional explode o escândalo envolvendo um dos comunicadores mais famosos do país - Augusto Liberato , que teria sido flagrado numa "armação" para garantir o Ibope no programa Domingo Legal, veiculado pelo SBT do empresário Sílvio Santos.

Para garantir dignidade e confiabilidade a uma entrevista com supostos membros do PCC, organização criminosa que comanda os presídios de São Paulo, usou até mesmo a figura de um repórter, Wagner Maffesoli, para criar uma peça jornalística e ganhar alguns pontos de audiência no dia 31 de agosto, na briga contra a Rede Globo. Os integrantes da peça mal elaborada já foram identificados e o repórter jogou fora sua carreira, embora muitos afirmem que o repórter tenha surgido naquele programa.

Quanto ao fato dos péssimos atores serem ou não integrantes do Primeiro Comando da Capital, uma organização poderosa, é o que há de menos importante. Já quanto ao fato do repórter querer se destacar perante um público gigantesco com uma matéria suspeita ou forjada, como tudo leva a crer, caiu no velho conto de fazer o serviço sujo, sem pensar nas conseqüências éticas e morais de seus atos.

É sabido que nos meios de comunicação os repórteres que topam fazer papel de jagunço costumam ser utilizados pelos empresários durante algum tempo(pode durar dez anos ou mais), sendo despedidos sem dó nem piedade quando atingem os objetivos propostos por matérias "marrons". O tipo de papel desempenhado por Wagner Maffesoli rende muito mais dor de cabeça do que dinheiro. Prova é que agora tem que se explicar perante o Ministério Público.

O repórter na ânsia de ganhar fama ganhou. Da pior espécie. Fama de trouxa ou de jagunço. É tudo o que um repórter não precisa para desempenhar sua função. Depois de serviços desta espécie só é contratado para fazer esse tipo de serviço, se conseguir alguma coisa.

O caso de Maffesoli é o mais famoso da mídia moderna, mas não é o único. Há centenas de casos, inclusive em Rondônia. O destino de todos os que se propõe a esse papel acaba sendo comum.

Arranjam inimigos, ganham uma mísera esmola perto do que os empresários faturam, e não raro enfrentam processos que eliminam os poucos bens que conseguiram acumular.

Um pouco de ética e responsabilidade é muito melhor do que a fama de trouxa, podem ter certeza.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui