Prezado Mario Prata
Aqui quem vos fala é uma Beatriz... Não aquela que lá do outro mundo enviava e-mails para o pobre Dante, tão desesperado, que até passou por minha terra – Taubaté - por causa da falecida...
Perdi os capítulos finais, o jornaleiro fez confusão e deixou de entregar o Estadão justamente na minha casa. Uma pena. Fiquei sem saber a “verdadeira história” da famosa dupla. Mas não se preocupe, se eu perguntar alguma coisa, já sei, você vai dizer para eu comprar o livro. Não pergunto nada.
Meu intuito nesta mensagem é informar que sua idéia – essa de misturar Dante e Beatriz com assombrações e almas do outro mundo – tem servido de tema para animadas conversas entre esta aqui, outras Beatrizes e amigas. Via e-mails (virtuais, mas reais) e até publicação de cartas na Usina de Letras... Você sabe, Dante é assunto que interessa a toda Beatriz. Seja aqui, Roma ou Paris.
Me lembrei agora que não é de hoje essa sua mania – ou preocupação – com os mistérios sobre idas e vindas do Além para o Aquém e vice-versa. Tenho aqui o seu, ou as suas, Minhas – ai, já me perdi... de quem são mesmo? – Vidas Passadas (a limpo). É um livro que ganhei, autografado. Por você, claro! Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, sinto-me orgulhosa em exibir suas palavras:
“PARA A BEATRIZ: IRMÃ DE AMIGO MEU, PRA MIM, É AMIGA! BEIJOS DO... ”
Como não tenho acompanhado sua vida presente, passada a limpo – neste mundo – não sei se continua na Ilha (de Sta.Catarina) ou já fez como o Cajito, que foi e voltou, acho que não agüentou a falta dos amigos lá do Sumaré. Ou talvez porque aquela Pousada dos Mananciais estivesse dando muito trabalho... Também pouco tenho visto meu querido irmão Geraldinho...
Agora que já dei a pista, me despeço.
Um grande abraço,
da Beatriz Cruz
|