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Infanto_Juvenil-->Uma onça no meio do caminho -- 04/10/2007 - 12:43 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA ONÇA NO MEIO DO CAMINHO


Nós saíamos de Taubaté duas vezes por ano. No verão íamos à praia de Caraguatatuba, onde vovô Zezinho tinha uma casa. No inverno, era na fazenda Santa Cruz, em Jambeiro, que passávamos as férias.

Jambeiro é até hoje uma cidade bem pequena. Fica numa região montanhosa logo no início da Serra do Mar, um pouco antes daquele ponto em que os rios Paraitinga e Paraibuna se encontram para formar o importante Paraíba. Por causa desta localização, o clima ali é especial: durante o dia o sol racha e à noite faz um frio do cão.

O caminho que ligava a Santa Cruz ao mundo era precário. Viajávamos por uma estradinha de terra e se ela estivesse molhada, não dava passagem. Nessas horas todos desciam para empurrar o jipe atolado. Além disso, passávamos por dentro de muitas fazendas e a todo instante tínhamos que abrir porteiras. Este trabalho não molestava nem um pouco as crianças, às vezes até ganhávamos moedinhas.

O motorista do nosso jipe era um homem magrinho que tinha um nome esquisito. Para facilitar, nós o apelidamos de Viaginha, por motivos óbvios. Sua incumbência não era somente a de nos transportar, ele viajava muito, levando produtos da fazenda para a cidade. E quando estava conosco, bem que se divertia.

Quando se via sozinho com as crianças, gostava de nos assustar. De repente dava uma freada, porque tinha visto uma onça no meio da mata. Mortos de medo, descíamos para melhor enxergá-la. Era feio não ver a onça, todo mundo via.

Viaginha, então, com ares de valentão, sacava o revólver da cintura e atirava nela. Dizia que desta vez ele lhe arrancaria as penas! Com efeito, muitas penas voavam no meio das árvores... Juro que vi!

Por essas e outras, as férias passavam depressa e ninguém queria voltar às aulas. No último dia era uma choradeira geral.



Beatriz Cruz
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