A OPOSIÇÃO SOMOS NÓS!
Aileda de Mattos Oliveira (28/7/2015)
O País desceu muitos degraus na escala moral e da compostura pela baixa qualidade da política exercida pelos seus dirigentes e aliados, portanto, tem que reagir com energia e repulsa, para impedir que o indecoroso conceito de impunidade que regula a filosofia da pior estirpe de velhacos de nossa história, venha a ditar as normas pedagógicas da “nova escola”.
Cuidemos de tirácute;-los do trono, destruindo o seu projeto de poder indefinido. Essa gente, durante o governo militar, articulou-se em guerrilhas para instituir a “democracia comunista”, a tão “justiceira sociedade igualitácute;ria”. Hoje, no poder, a igualdade existe, mas entre eles próprios, na divisão do dinheiro da Nação em que o montante das cotas indica o preço de cada um.
A presidente sempre teve arroubos por cofres. Mas, a parcela do povo tutelada, os “famosos” artistas repetidores de roteiros, os intelectuais de bares e a mídia escamoteadora da verdade, entregaram-lhe a chave do erácute;rio, como se entrega o mapa do tesouro a um pirata. A festança foi grande até o momento.
O cobertor emporcalhado, que agasalhava o Executivo, cobriu as Casas do Congresso e o STF. Se os Três Poderes engajaram-se na proteção dos interesses partidácute;rios, seus integrantes, com raríssimas exceções, jácute; estão contaminados e é necessácute;rio urgência na limpeza geral do centro do poder.
Destaca-se nessa aliança entre o partido vermelho e seus aliados a identidade de ações no jogo da baixa política na qual o que menos importa são as questões nacionais. Tanto que nomes representativos das Casas participam da lista como beneficiácute;rios de substanciais somas para manter providencial desinteresse em fiscalizar os vácute;rios golpes do Executivo e acordos por ele assinados sem que passassem pelo Congresso e recebessem ou não o seu aval.
Isso não significa harmonia entre Poderes, mas cumplicidade de interesses, em detrimento do interesse maior que é o da Nação. Foram eleitos para servi-la, mas em troca deixa-lhe arruinada.
Esses mesmos parlamentares citados pela Justiça acusam-na, atacam a PF, o MP, o íntegro juiz Sérgio Moro, por terem descobertos as falcatruas em que se meteram. Legisladores que ofendem, quando acusados, as instituições que zelam pela execução das leis que eles mesmos elaboraram, é uma prova de que o País não poderácute; mais contar, na defesa de sua soberania, com decisões idôneas, cívicas, isentas, porque poucos nomes não estão manchados.
Acrescente-se à jácute; conhecida deficiência intelectual da presidente, os gracejos do emproado vice que não se coadunam com a seriedade da situação, classificando-a de “crisezinha” (1), numa linguagem aquém de seu cargo, expressada a jornalistas estrangeiros, no exterior, de maneira pejorativa, comprovando a qualidade da política brasileira sempre apoiada em mentiras. Demonstrou desapreço por si mesmo, pelo País que deveria bem representar e pelo povo que lhe paga a viagem.
Foi assim com Collor, com FHC, que não desperdiçava momento, nos países em que ia dar conta de seu serviço de apácute;trida, para descrever o Brasil à sua maneira e semelhança: acanalhado. Agora, aproveitando o País fragilizado, deita falação aos que ainda desconhecem as suas ligações transnacionais. Finge-se indignado, porque hácute; objetivos obscuros que devemos impedi-lo de pôr em prácute;tica. Foi assim, também, com Lula, “o honoris causa” da malandragem e da corrupção.
Não podemos cair na armadilha da falsa oposição, que FHC pensa em liderar para tumultuar.
Nós somos a verdadeira oposição, apartidácute;ria, sem muletas parlamentares, que somente se prendem a nossos braços para tirar proveito da situação caótica que ajudaram a implantar.
Esta é a hora da extrema limpeza. Não percamos mais tempo. Encontremos o nosso líder fora dos quadros políticos comprometidos.
(1) Estado de S. Paulo, 21/7/2015, A6.
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)
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