Rafael (smartfone)*
Oi, filha, tudo bem? espero que sim.
Fiquei surpreso e feliz com o Rafael. Ainda que sinteticamente, conto o que houve.
Brincavam na sala: titia, Bianca e Mateus. Eu estava no quarto. Passado o entretenimento, ele disse-me:
─ Vovó, você quer que te ensine a usar o Smartfone?
Muito feliz, disse:
─ Claro que sim, meu querido.
Aí começamos. Raciocínio muito rápido, ia dizendo os segredos. Sempre com o cuidado de não passar muitas informações porque, segundo ele, poderiam me confundir. O item mensagem tinha de ser baixado. Ele o fez. Só que na hora de confirmar, perguntou:
─ Você deseja, vovó? tem de pagar cinco reais! [como se isso fosse um empecilho, e continuou] Qual o seu e-mail? Ah! lembre-se de que quando ligar, fale ou não, precisa desligar, se não acabam seus créditos.
Pena que durou pouco. Já estava quase na hora deles. Vovó gosta de dar-lhes um lanchinho, antes de se irem. Acaba de fazê-lo, e o carro avisa que chega para pegá-los.
Transmito esta mensagem para que você (e o Eduardo) sintam como estão criando corretamente os filhos. Todos têm inteligência de sobra: cada um com sua característica. Por exemplo, a Bianquinha é superperspicaz. Se vê algo na tela que lhe interessa, pergunta à vovó:
─ Pode comprar pra mim? É muito caro? Isso é bom?
O Mateus já liga pra vovó. Vê a foto dela e clica. Imagina que lhe falará.
Parabéns, minha filha! Muito digno que conserve neles, também, essa ideia de valor: um real deve ser considerado como importante. Os oceanos, os mares, os rios, os lagos e mais... são formados de gotículas de água que se transformam em "n" quilolitros.
Beijos, papai
* Rafael, meu netinho de 8 anos.
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