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Poesias-->5 poemas de amor e outros temas -- 26/11/2001 - 13:00 (Salomão Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O corpo pode ser trôpego

e o desejo cego

Por sinal carrego

visões astros rogos



E quando quebrar a insânia

ou a nave que não trafega

E quando acabar o apego

ao fugidio e sem pólvora

E quando desfazer o nó

corrediço sem mãos e anéis

E quando seguir por onde

ciente que não se esconde

sabendo que acende e pega



////////////////////////////

Ser só um emplasto

sobre uma pele

Ser só um ungüento

de sugar a maldade

Ser só um casco

sobre o molusco

Deixá-lo ávido e limpo

— corpo para o melhor desejo





//////////////////

Ainda que não venha nenhum barco

e bruma alguma traga a carga de lenha

Ainda que o barqueiro venha louco

e todo o aço da certeza afundará

Ainda que o vento atormente com fúria

e vá a madeira polida afundar-se

Ainda que a carga seja a lâmina

com o colo certo de degolar

Ainda que na porta anunciem

que a florada do dia irá murchar-se

Ainda que seja um vasto mar

e a alma em deleite vá secar-se

Ainda que o mar seja uma rocha

e no deserto o coração vá navegar



Ainda assim o faroleiro acenderá





////////////////

Encontrar por exemplo debaixo do escuro

o baixeiro com o suor da primeira jornada

sem que irrompessem as visitações da queda

Por exemplo os móbiles dos brotos no campo

o exemplo do pai que faz o monte de espigas

Encontrar por exemplo debaixo do escuro

a larga folhagem do imbé e da quaresmeira

deixadas rente à pedra traída pela força

Por exemplo a palha espalma vivas ao sol

por exemplo a leveza da água move o moinho

e o fio de farinha sem notícias da fome

Encontrar a chave com o exemplo do fogo

e a porta do enigma da quentura do forno

E sempre a euforia dos trigais nas mãos do homem



A Natália





/////////////////////

Se não escolhermos a onda

virá o mar com os escolhos do nada

Onde formos

serás a minha palavra

Te tocarei com a ordem

e com o olhar de Deus

e terás o fogo

onde queimarei

o que for celeste



Serás a adaga que carregarei

para decepar destroços

Te tocarei com as mãos

e com a quentura do afago

e terás o fogo

de um ser celeste



Se não vier com a força

a onda será um desfazer-se em nada

Serás a onda de desfazer

os prantos e as pestes

Arrastarás estrelas e meteoros

e serei teu destroço celeste



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