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Artigos-->Vasto mundo, que pára e anda -- 29/09/2003 - 09:36 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
São inúmeras as visões sobre a aparência, as dimensões e o conteúdo do Universo — isso para não falar da delicada questão sobre sua origem, o que divide os analistas entre criacionistas e materialistas. Nas dezenas de milhares de anos de existência do ser humano, a tese mais recente e aceita se deve a um investigador que morreu há 50 anos, em 28 de setembro de 1953, Edwin Powell Hubble. Seu nome, vez por outra, ocupa o noticiário, por ter sido utilizado para batizar o telescópio espacial que nos envia, a cada dia, 5 gigabytes de informação sobre o espaço. Lançado pelos Estados Unidos em 1950, o telescópio perscruta o espaço sem as distorções da atmosfera.



Astrônomo americano, Hubble descobriu, em 1923, uma cefeida, estrela de luminosidade variável, com o que provou a existência de nebulosas extragalácticas. Também descobriu que havia um universo de galáxias e que o universo está em expansão, ao verificar que a velocidade de uma nebulosa em relação a outra é proporcional à distância entre elas, criando a constante de Hubble (1929). Ou seja, este vasto mundo, como dizia o Drummond, não é estático e nem tem forma definida, mesmo que eu me chamasse Raimundo, o que "seria uma rima, não uma solução". Até as descobertas de Hubble, supunha-se que a Via Láctea era o universo.



O astrônomo publicou seus resultados sobre 24 galáxias em 1929 e, dois anos mais tarde, os estendeu por um fator de 18 em distância. Isso constituiu a primeira evidência para a expansão do Universo, antes predita pelo russo Alexander Friedmann em artigos publicados em 1922 e 1924, e pelo belga Georges-Henri Édouard Lemaître em 1927.



Em 1950, Fred Hoyle sugeriu pejorativamente o nome "Big Bang" (grande explosão) para o início da expansão do Universo. Edward P. Tryon propôs em 1960 que o Big Bang ocorreu por uma flutuação quântica do vácuo. As pesquisas sobre o assunto continuam: em maio de 2003 astrônomos concluíram que as proporções das forças que dominam o universo passaram por grandes mudanças durante a história cósmica. O Universo estava se expandindo num ritmo desacelerado há 7 bilhões de anos. Desde então, a velocidade da expansão mudou. "Temos agora boas pistas de que naquela época o Universo estava desacelerando", disse John Tonry, astrônomo da Universidade do Havaí, que integra uma equipe de estudo de estrelas em explosão, ou supernovas, em busca de sinais dos ritmos de expansão cósmica. Descoberta anterior indica que o Universo está de fato se expandindo num ritmo acelerado nos últimos 1,2 bilhão de anos. Mas quatro supernovas, a quase 7 bilhões de anos-luz, apareceram numa era em que a expansão era mais lenta. "Um Universo pára-e-anda" é a maneira como o fenômeno foi caracterizado por Robert P. Kirshner, do Centro para Astrofísica Harvard Smithsonian.



A expansão nunca parou realmente, mas certamente aumentou sua velocidade. "Agora mesmo, o Universo se movimenta mais depressa, com as galáxias se afastando umas das outras como os pilotos da Indy 500 quando pisam fundo ao ver a bandeira verde", afirmou Kirshner. "Mas suspeitamos que não tenha sido sempre assim."



Antes de Hubble, os cientistas acreditavam que o Universo era eternamente estático. Há apenas cinco anos, os astrônomos afirmaram que, depois do Big Bang, a gravidade da matéria está gradualmente desacelerando. Então, duas equipes de estudo das supernovas descobriram que o Universo, ao contrário, está acelerando. Isso aponta a existência de algum tipo de energia escura permeando todo o espaço. Para a pesquisa atual, os astrônomos observam o que é chamado supernova Iá, explosões estelares que em seu auge são mais brilhantes que 1 bilhão de estrelas como o Sol. Elas são visíveis através de bilhões de anos-luz e um exame próximo de sua luz revela as distâncias, movimentos e outras condições. A equipe de Tonry e Kirshner estima que cerca de 60% do Universo é preenchido com energia escura e 30% da massa é matéria escura. Os 10% remanescentes consistem de matéria comum, mas só 1% dela é visível nas galáxias. "A rapidez com que estamos aprendendo e descobrindo coisas novas é fantástica", diz o astrônomo Charles Bennett, do Goddard Space Flight Center, em Maryland.



Em 1917, Albert Einstein aplicou ao Universo sua teoria geral da relatividade, que explicava como a matéria e a energia curvavam o tempo-espaço para produzir a gravidade. Este modelo de cosmos seria instável, capaz de submergir ao peso de sua própria gravidade. Mas como os astrônomos diziam que o cosmos era estável, Einstein acrescentou a suas equações uma constante cosmológica, uma força de repulsão para contrabalançar a gravidade. Em 1929, com a descoberta da expansão por Hubble, constatou-se que Universo não precisava ser contrabalançado. Einstein abandonou sua constante, referindo-se a ela como sua maior gafe.



As descobertas científicas se acumulam, param e avançam e vão confirmando que o mundo tem suas leis, que podem ser conhecidas e utilizadas para que estabeleçamos a sintonia entre suas determinações e nossas necessidades — a identidade dialética entre a consciência e a necessidade, que dois pensadores alemães, Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Friedrich Engels, chamavam de verdadeira "liberdade".

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