E se…
E se ainda existisse donzelas de verdade para enamorar, mulheres maltratadas para amar? Os dragões lácute; estariam para as enfrentar, saltando de rua em rua, apenas mudando as suas mácute;scaras. Quem somos todos nós, se não apenas estes dragões?
E se, de repente, o muro que separa o presente do passado, se desintegrasse em mil pedaços de pó e tomácute;ssemos a verdadeira consciência ou dimensão, daquilo que somos e representamos no mundo?
Se o corpo se separasse da alma e nos revelasse toda a verdade, para compreender melhor cada gesto nosso, cada palavra presente.
A nossa alma tem grandes limitações e, cada vez mais, ela é encurralada nas cidades, no meio das multidões.
E se deixassem de existir interrogações, covardias, vaidades, poder e medos? Se cada gesto ou palavra, fosse vivida em plena verdade e paz.
Acreditar que a mentira pode não fazer parte do ser humano e que o sonho se transforma em realidade, que um dia, talvez, os cavaleiros da paz deslizem dos céus, em naus prateadas, em direção a este cais, à cidade, com enormes espadas de liberdade.
Se este muro partir e o nosso presente deixar de ter limitações, viajaríamos através do espaço sem barreiras, conheceríamos por que é que temos olhos, mãos e sonhamos assim e não de outra forma, conheceríamos o nosso destino e aprendíamos a conduzi-lo melhor.
Viajar para além de nós e entendermos a engenharia da construção do universo, de cada coisa visível e invisível, sairmos de nós e passar todas as fronteiras do imaginácute;rio. Descobrir porque hácute; donzelas perdidas em castelos, para se amar eternamente, e também dragões, para se enfrentar o seu fogo inquisitório eternamente.
E se descobrimos que somos paz, liberdade, remando a nossa vida por este mar, que existe uma razão forte para se viver sem ilusões, mesmo que o erro nos persiga.